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O brasileiro Marco Archer, 53 anos, foi
executado como estava previsto, no ultimo sábado, 17 de janeiro na Indonésia. Condenado a pena de morte o mesmo estava preso
desde 2005. Se fosse no Brasil, provavelmente o mesmo já estaria solto, mas lá
as leis são cumpridas ao pé da letra. Hoje sou contra a pena de morte, já fui favorável.
Assim como a Presidente Dilma Rousseff, muitas pessoas e entidades de Direitos
Humanos se manifestaram contra a medida tomada pelo governo indonésio, porém
nenhuma delas demoveu a decisão já tomada. Foi uma decisão de governo e isso
não se discute. Nenhum país pôde interferir nas leis internas de outro país.
Uma vida foi tirada, isso também não se
discute. Mas, no Brasil morrem muito mais gente do que as execuções na Indonésia
durante o ano inteiro. Aqui, várias vidas são ceifadas por dia em várias partes
do país decretadas por traficantes que fazem suas próprias ‘leis’. Pra isso não
podemos fechar os olhos. Jovens são mortos
diariamente por envolvimento com o tráfico de drogas que está em cada esquina,
enquanto as autoridades fazem de conta
que não sabem de nada.
Os traficantes mandam e desmandam. As leis
brasileiras são brandas e com isso, os criminosos conta, na maioria das vezes,
com a impunidade. Bem diferente da Indonésia. Como uma pessoa culta que era,
Marco devia saber dos ricos que corria ao tentar entrar naquele país com mais
de treze quilos de cocaína aproveitando a oportunidade, como praticante de voo
livre, recheou os tubos da asa delta para transportar a droga. Sabendo de antemão,
com certeza, de que se fosse pego e foi, estaria sujeito a pena capital.
O ex-consul do Brasil em Bali Renato Vianna explicou
que Archer e os demais condenados à morte seriam transferidos para um lugar próximos
à penitenciaria e depois fuzilados. Questionado sobre outros brasileiros
anteriormente condenados pelo mesmo motivo na Indonésia e que conseguiram se
livrar da pena de morte, Vianna destacou que, no período, as penas não eram tão
rígidas com relação às drogas. Explicou ainda que a legislação foi mudada há uns
15 anos.
"A indonésia é um país tranquilo, bem aberto,
mas eles são muito restritos com relação às drogas. “Se a pessoa for pega com
um cigarro de maconha, ela vai ser presa e está arriscada a passar até oito
anos na cadeia”, afirmou.
Ele acrescentou que há 138 pessoas para serem
executadas – metade são estrangeiras. As leis da Indonésia contra crimes
relacionados a drogas e são entre as mais rígidas do mundo e conta com o apoio
da população. “Com isso (as execuções), mandamos uma mensagem clara para os
traficantes” relatou à imprensa local Muhammade Prasetyio, procurador-geral da
Indonésia. Além de Marco Archer, outro brasileiro aguarda no corredor da morte
da Indonésia, o paranaense Rodrigo Muxfeldt Gularte, também por tráfico de cocaína".
(a) J Araújo