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1 de outubro de 2009
São Paulo x Minas Gerais e o acordo de cavalheiros
18 de setembro de 2009
>Retorno
Passei por momentos de grande tristeza. Tomei atitudes precipitadas que não deveria ter tomado. Juro, teve momentos que pensei: não vou suportar as pressões, as acusações, as falsidades. Diante de todo esse quadro negro saí vivo, cheio de arranhões, é verdade, mas vivo. Já tive anos melhores, espero que não tenha sido em vão tudo que aconteceu. As fofocas, chegaram rolaram soltas. Aos acusadores meu perdão. “Eles não sabem o que fazem”. Estou tentando agora me refazer e levar a vida normalmente, voltar a escrever nos blogs, levando aos leitores informações e opiniões sobre vários assuntos que rolam no nosso dia-a-dia através de uma visão diferenciada.
Quero agradecer às várias mensagens de carinho e compreensão dos leitores que passaram por aqui. Confesso que senti falta em compartilhar os assuntos, muitas vezes polêmicos, onde o que interessava na verdade era a interação com os leitores. Na verdade são dois anos anos divivindo opiniões com os amigos que consegui fazer através dos blogs.
Estarei retomando as publicações no início do mês de outumbro, (para ser mais exato, dia 1º), se Deus quiser. Nesse meio tempo vou visitar meus aqueles meus amigos da blogosfera, meus fies seguidores e responder os comentários deixados. Espero poder continuar contando com os comentários de todos, anônimos ou não.
Um abraço a todos
30 de agosto de 2009
>Parando para refletir
29 de agosto de 2009
>Dificuldade
É preciso aceitar o inevitável
E viver vigorosamente... Cada minuto.
Vencem na vida os que encaram com permanente otimismo
Vencem aqueles que não desanimam em face das dificuldades
E para os quais os obstáculos servem como degraus
Para a subida e para a construção de um objetivo
Vencem na vida aqueles que não esmorecem
Diante dos desafios que os cercam na rotina do dia a dia
Estes são os verdadeiros vencedores!.
28 de agosto de 2009
>Picada de cobra
Sempre temos medo de alguma coisa; tenho um medo enorme de cobra. Quando falo isso, as pessoas me perguntam por que esse pavor todo. Não que eu tenha sido picado, isso não aconteceu comigo. Mas tive um irmão que esteve à beira da morte por causa de uma picada de cobra. Naquela época, eu era bem jovem ainda. Certo dia ele estava em um local juntamente com vários outros trabalhadores em uma região montanhosa onde tudo aconteceu. Trabalhava fazendo um roçado para plantação.
Meu irmão sempre foi uma pessoa forte, naquele dia teve que sair mais cedo do trabalho. Estava sentido dor de cabeça, deve ter sido provocada pela picada da cobra. Claro, até aí ninguém sabia do fato. Meu irmão resolveu vir embora pra casa, mas cedo. Se estive com a saúde perfeita gastaria o Maximo uma hora pra chegar, acabou levando mais de três. No caminho de volta, segundo ele contou depois, sentia as vistas escurecer.
Imagem google |
Não tínhamos, naquela época, energia elétrica, a iluminação era feita a base de lamparina de querosene. Era uma época muito difícil em termos de recursos materiais. Em uma dessas idas de nossa mãe no nosso quarto, descobriu-se que meu irmão estava sangrando as gengivas, e todos os arranhões naquele momento sangrava. Seu quadro clinico era desesperador.
O dia amanheceu meu irmão não tinha forças de sair da cama. Existia um farmacêutico em um local distante. Meu tio, foi até o pasto, laçou um cavalo e saiu correndo pra lá a procura de recursos. Meu irmão estava à beira da morte. Conseguiu encontrar o farmacêutico e contar a história pra ele que atendendo ao pedido disse pra meu tio retornar o mais rápido possível que ele usaria o jipe para chegar até bem próximo. Por que meu tio teria que aguardar ele no ponto aonde nem mesmo o jipe naquela época chegava.
A partir daquele ponto o profissional da saúde deixou seu veiculo e montou em um cavalo. Enquanto isso, meu tio, segurava no rabo do mesmo enquanto o cavalo subia o morro. Chegando a nossa casa meu irmão foi medicado com o soro antiofídico. O médico, ou farmacêutico, como queira, por que pra nós naquele momento toda ajuda era bem vida, não importava de onde viesse disse que a chance daquele medicamento surtir efeito era mínima pelo fato do tempo que havia acontecido o incidente. Já havia passado mais de quinze horas. Lembro ainda que naquele tempo não existisse as agulhas descartáveis. Era usado um sistema de caixa com agulhas que era fervida em água quente em sistema de fogareiro em que se utilizava álcool para fazer fogo.
Medicação administrada, agora era esperar o resultado, ficamos contando as horas. Naquela noite, podíamos perceber a olhos vistos a melhora do meu irmão. Com o passar dos dias a perna desinchou, ficando toda roxa, era como se tivesse sido queimado. Aquela pele começou a se soltar como a própria cobra trocando de pele. Era horrível. Nesta época, tinha um homem chamado Sergio, era uma pessoa mística, mago, feiticeiro, sei lá. Morava em uma região distante, mas era amigo da família. E sempre que passava por lá às vezes ficava dois ou três dias em nossa casa.
Quando ficou sabendo do ocorrido disse que ia matar a cobra. Pensávamos que ele ia até o local procurar; nada disso ocorreu, disse que ia matar a cobra através de orações. Ajoelhou em frente ao meu irmão e colocou a mão direita no local da picada e começou a rezar em voz baixa. Pra ser mais exato ele apenas rezava somente no pensamento, pra ele mesmo. Ao termino disse: vai a um local, onde tem uma pedra, um troco podre e lá estará uma cobra morta. Isso tudo sem ao menos conhecer o local onde havia acontecido. No dia seguinte meu tio foi até o local indicado acompanhado do nosso pai. Lá chegando toda a cena descrita estava exatamente como o mago, místico sei lá havia descrito.
Com medo cutucaram a cobra para ter certeza e realmente a mesma estava morta e meu irmão se recuperando. Tem certas coisas que acontece em nossas vidas que é muito difícil descrever, outras vezes temos medo de sermos ridicularizados. Mas o Sergio era uma pessoa especial pra todos que o conhecia. Um dia a morte o levou. Eu e meu irmão como personagens dessa história ainda continuamos vivos enquanto a maioria dos demais participantes ativos já se foram. Eu! Ah, eu continuo tendo medo de cobra...
(a) J Araújo