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21 de abril de 2011

>O coelho e a onça

Estive de férias; viajei para  as serras de minas. A história a seguir foi escrita pelo meu sobrinho, aluno de uma escola rural no município de Sericita - MG. Achei interessante e resolvi publicá-la.
Aguarde! tenho muito material para ser mostrado.
O coelho e a onça (Cleidivaldo 8 anos, 3ª serie)

Era uma vez um coelho, um macaco e uma onça que vivia correndo pela floresta, eles estava com muito medo, porque o homem estava colocando fogo na mata. Eles se encontraram com um veado e esse perguntou: vocês estão com sede? Eles responderam que sim!

Nós estamos com muita sede; vamos procurar água porque não agüentamos mais. Eles foram andando até encontrar um pequeno poço, é ali disse o coelho, vocês topam me ajudar a construir um grande poço para todos nós? Quem não ajudar não vai poder  beber da água. A onça respondeu:  pois, eu não ajudo e bebo da água do mesmo jeito. O coelho muito teimoso lhe disse: eu te mato se você beber. Naquele momento a onça se rolou no barro e bebeu da água do poço.

O coelho ficou com muita raiva e fez uma armadilha com um boneco de cera e colocou na beira do poço, a onça com muita sede pensou: como vou fazer para matar minha sede? Já sei, vou molhar e enrolar nas folhas e parar perto do poço. Porém, lá na beirada estava o boneco de cera feito pelo coelho. E a onça com muito medo lhe disse: que bichinho feio, sai daí! Vou te dar uma tapa e deu, mas agarrou a mão no boneco de cera; larga minha mão porque senão vou te dar outra tapa e deu, mas ficou com a outra pata presa.

O coelho estava bem escondido dando risada saiu do mato e disse: bem feito, você disse que eu não te pegava, mas te peguei. Agora vou fazer uma grande festa, vou chamar todos os bichos. Fez o convite e todos toparam ir e fizeram uma grande fogueira para assar a onça, ela com muito medo e preocupada pensou: como vou fazer para sair dessa. 

Já sei, vou mandar que todos cantem. Você tem que cantar e bater palmas para a festa ficar melhor. Ela começa e pedir que todos os bichos a ajudassem. E começou.
*Bicharada não me enrola 
*vocês todos batem palmas
*e a onça vai embora

Sempre gritando; bate palma seo coelho. O coelho respondeu: como vou bater palma se estou segurando seu rabo. A onça lhe disse: pode me largar eu não vou fugir porque esta festa está linda, mas você vai ter que bater palma também; assim o coelho falou: Oba! Seo coelho, pode ficar por aí, estou feliz e já vou embora...
Escola Municipal João José de Santana

20 de março de 2011

>Desencontro


Sim, amigos, a vida é um desencontro sob muitos aspectos. Até quando somos felizes, encontramos gente infeliz ao redor e entendemos que não podemos apenas sorrir, quando tantos choram. É um desencontro entre marido e mulher, entre pai e filho, povos e raças, humanos e animais, parecendo que, apesar das limitações, a Terra é infinita, pois nela, nós, humanos, não nos encontramos. E como as flores, uns exaltam a vida e outros choram a morte e nessa, sim, nossa desconhecida sorte, onde finalmente todos nos encontramos.
Luiz E. Horta

10 de março de 2011

>O coala e a lagartixa

Um coala estava sentado numa seringueira, curtindo um baseado...
Uma lagartixa passava e, olhando para cima, disse: 'E aêêê Coala...tudo beleza? O que você está fazendo?'

 O coala disse: 'Queimando um. Suba aqui. '
A lagartixa subiu na seringueira e sentou-se ao lado do coala, curtindo alguns baseados.
 Depois ele perguntou: Qual é a sua, lagartixa? O que aconteceu? Quer morrer?

A lagartixa encontrou o jacaré e explicou que ela estava curtindo um baseado com o coala numa seringueira, ficou zuadinha e caiu no rio enquanto tomava água. O jacaré, querendo verificar esta estória, entrou na floresta e, encontrou o coala sentado num galho, chapadão.
O jacaré olhou para cima e disse:
Ei! Você aí em cima!'
O coala olhou para baixo e disse:
PUTA-QUE-PARIU lagartixa,...Tu bebeu água pra Caramba hein!

19 de fevereiro de 2011

>Mula,sem cabeça!!

Na verdade este texto não foi escrito agora. Fiquei confuso ao ler novamente e tentando entender e explicar veja em que confusão me meti! No folclore brasileiro fala tanto na mula sem cabeça, porém ninguém sabe dizer como foi que ela perdeu a dita cuja; se foi pelo burro, mas acredito que não! Até porque burro e mula não transam, se é assim com certeza não perdeu a cabeça pelo mesmo. A mula, sem cabeça ou não, é filha duma égua através do cruzamento com um jumento que corneou o cavalo marido da égua.

Aqueles que acreditam em superstições devem dizer que o saci é o maior supersticioso; porque, alguns dizem que ele acorda sempre com o pé direito todos os dias. O famoso negrinho de uma perna só aparece nos desenhos ora com a direita, ora com a esquerda. Na verdade, não existe uma regra.

O que não explicaram até hoje é como ele perdeu a perna, se foi em algum acidente automobilístico, ou quem sabe tenha caído do lombo da mula sem cabeça. Minha tese é: acredito que tenha se sentido mal ao fumar charuto importado do Paraguai.

Ao ser socorrido a um hospital conveniado com o SUS (Sistema Único de Saúde), ao invés de tirar uma radiografia dos pulmões acabaram errando e cortaram a perna. Qual delas, não me pergunte.

13 de fevereiro de 2011

>Sob pressão

O feijão era cozido sem pressa, no fogão a lenha, vagarosamente. Alguém que já morava na cidade a alguma tempo, foi passear no sitio e disse que aqui era possível cozinhar o mesmo feijão em 40 minutos enquanto lá na roça levávamos o dia inteiro para realizar a mesma tarefa. Fiquei encantado, com a novidade, quando soube dessa maravilha da cidade grande precisava conhecer. Tudo isso era o ‘milagre que a panela de pressão, fazia com seu tititititititi característico, quando cozinhava com uma rapidez impressionante, não só o feijão, mas vários alimentos. Isso me fascinou de tal forma que era difícil imaginar a vida sem aquela facilidade, e precisava mesmo daquela invenção, porque não tinha fogão à lenha. Lenha menos ainda. Por onde se olhava era uma “selva de pedra”. Não somente aquela, mas várias outras novidades estavam disponíveis para uso da população. A ficha caiu quando também mudei pra cidade e percebi que a vida aqui era ditada pelas horas. Tem hora pra dormir, acordar, tomar a condução, entrar e sair do trabalho; não sobra tempo pra nada, nem para conversar com os amigos, como fazíamos aí na roça sem se preocupara com o tempo e a hora. Foi aí que percebi porque o feijão tinha que ser cozido em menos tempo. O tempo olha o tempo de novo, passando, e hoje muitas pessoas nem esse tempo tem mais, já compra o feijão cozido.
Na verdade, nem só o feijão, aqui se compra as refeições em embalagens de conserva. Para não ficar só nisso tiveram que inventar o tal de microondas, que ao invés de minutos esquenta alguns alimentos em segundos. Meu Deus, aqui têm cada vez menos tempo. Antes escrevíamos em papel hoje escrevemos no computador, a desvantagem de tudo isso é que os estudantes de hoje não tem o habito de exercitar a escrita, antes até disputávamos quem tinha a caligrafia mais bonita. Lembra dos cadernos de caligrafia? Ah, não é do seu tempo! Alguns alunos nem mesmo escrever sabe. Aqueles que conseguiram se formar não sabe muitas vezes escrever direito. Mesmo assim se vangloria de ter se formado nisso ou naquilo.
Não sou formado em nada não, mas dá dó quando, às vezes tenho de ler alguma coisa que esses tais formados são obrigados a escrever. É um horror!! A língua portuguesa vai sendo massacrada a cada dia; estão americanizando tudo. Alguns não sabem com se escreve salsicha, se com ‘s’ ou ç cedilha, mas enche a boca falando hot dog, X-bacon, hambúrguer e outros tantos nomes. O outro mal sabe falar a língua portuguesa e quer aprender falar inglês, alemão, italiano, etc. Uns não conhecem a própria cidade onde mora, mas, quer viajar para conhecer a Europa, principalmente. Como podemos ver, a vida está cada vez mais corrida e, o tempo conspira contra nós. Parece que um ano passa rápido demais que muitas vezes nem percebemos. Percebi que na cidade é mesmo tudo sob pressão. É a famosa corrida contra o tempo.
J Araújo

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