Quem já não teve o desprazer de ver a sujeira que prolifera
nas cidades, que atire a primeira pedra – de preferência em que joga lixo na
rua ou em qualquer outro lugar que não seja o adequado – ela vem de todos os
lados pelas mãos de pessoas porcas, que
me perdoe a espécie. Por onde quer que andemos vemos lixos jogados pelas ruas
entupindo bueiros e muitas vezes ajudando a provocar inundações onde poderia ser evitadas. Vemos
de um simples papel de bala a sofás e colchões velhos descartados em terrenos
baldios ou mesmo nos córregos ou rios que cortam as cidades.
Quantas vezes vimos cenas absurdas de pessoas descartando
seus lixos – mesmo existindo coleta – sem dar a menor importância com a questão
do meio ambiente em que vive. Isso ocorre não somente nas ruas, mas também nas
estradas de todo o país. As concessionárias de rodovias retiram toneladas de
detritos jogados pelas janelas dos carros pelos porcalhões de passagem pelos
trechos percorridos. Tudo isso é pago
pelo consumidor que paga os pedágios existentes e nos preços já estão também embutidos
as despesas com esse tipo de serviço. Fica meu repudio a essas pessoas que emporcalha
os postes de energia e pontos de ônibus.
No caso dos postes e ponto de ônibus é mais pelo péssimo visual,
não deixando de ser uma poluição visual. Tudo isso acontece nas ‘barbas’ do
poder público que incompetente como é na fiscalização, acaba deixando a cidade
nas mãos desses porcos. Volto a me desculpar com os porcos. A lei que
regulamenta a propaganda nas ruas existe, mas não é cumprida. É aquela
história, dizem que tem leis que não pegam, só existe no papel. E o povo brasileiro, a maioria infelizmente, não tem o hábito de cuidar do meio onde vive.
Nestes lugares
podemos ver de tudo, de cartazes com oferta de emprego à cartomante oferecendo seus
serviços que promete resolver todos os problemas que você possa ter na vida. O que
na verdade não passa de puro charlatanismo. São tão descaradas as mentiras, mesmo
assim muitas pessoas incautas e desesperadas com problemas, principalmente,
sentimentais acabam sendo as vítimas preferidas desses exploradores da boa fé
alheia.
( (a) J Araújo