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>Mula,sem cabeça!!

Na verdade este texto não foi escrito agora. Fiquei confuso ao ler novamente e tentando entender e explicar veja em que confusão me meti! No folclore brasileiro fala tanto na mula sem cabeça, porém ninguém sabe dizer como foi que ela perdeu a dita cuja; se foi pelo burro, mas acredito que não! Até porque burro e mula não transam, se é assim com certeza não perdeu a cabeça pelo mesmo. A mula, sem cabeça ou não, é filha duma égua através do cruzamento com um jumento que corneou o cavalo marido da égua. Aqueles que acreditam em superstições devem dizer que o saci é o maior supersticioso; porque, alguns dizem que ele acorda sempre com o pé direito todos os dias. O famoso negrinho de uma perna só aparece nos desenhos ora com a direita, ora com a esquerda. Na verdade, não existe uma regra. O que não explicaram até hoje é como ele perdeu a perna, se foi em algum acidente automobilístico, ou quem sabe tenha caído do lombo da mula sem cabeça. Minha tese é: acredito que tenha se sentido mal...

>Sob pressão

O feijão era cozido sem pressa, no fogão a lenha, vagarosamente. Alguém que já morava na cidade a alguma tempo, foi passear no sitio e disse que aqui era possível cozinhar o mesmo feijão em 40 minutos enquanto lá na roça levávamos o dia inteiro para realizar a mesma tarefa. Fiquei encantado, com a novidade, quando soube dessa maravilha da cidade grande precisava conhecer. Tudo isso era o ‘milagre que a panela de pressão, fazia com seu tititititititi característico, quando cozinhava com uma rapidez impressionante, não só o feijão, mas vários alimentos. Isso me fascinou de tal forma que era difícil imaginar a vida sem aquela facilidade, e precisava mesmo daquela invenção, porque não tinha fogão à lenha. Lenha menos ainda. Por onde se olhava era uma “selva de pedra”. Não somente aquela, mas várias outras novidades estavam disponíveis para uso da população. A ficha caiu quando também mudei pra cidade e percebi que a vida aqui era ditada pelas horas. Tem hora pra dormir, acordar, tom...

>Frases feitas

Sempre gostei de televisão, filmes, novelas, programas de auditórios sempre me atraíram. Ultimamente tenho observado bastante os jornais. A cobrança dos vestibulares para se manter informada me fez ainda mais atenta às noticias do Brasil e do mundo. E todo telejornal segue, quase que rigorosamente, uma seqüência: uma noticia sobre violência, outra sobre economia, outra sobre futebol, e assim vai! E pra encerrar, algo de bom, (se é que ainda haja algo a ser dito), é uma boa noite para fechar com chave de ouro. Todas (ou quase todas) têm algo de novo a ser acrescentado todos os dias. O lugar onde ocorreu a violência, o político acusado da vez, os altos e baixos da economia mundial, mas quando chega o futebol, ah, mudam-se os times, os campeonatos; os jogadores, mas algo não mudam; as frases feitas, como: "vamos seguir a orientação do treinador". " O time está confiante ”, “Vamos em busca da vitória”. É como se eles, todos eles, ens...

Olho de peixe, huum, como isso dói!

Teve uma época em meu tempo de policial, por algum tempo exerci a função no transito, como trabalhava muito em uma determinada rua, acabei fazendo amizade com vários comerciantes da área e dentre eles havia, como não podia deixar de ser, um português dono de uma lanchonete e padaria, que sabendo do meu problema resolveu ensinar uma receita, " portuguesa com certeza ", para a cura definitiva daquele mal. Me explicou que eu devia chegar a minha casa; lavar bem os pés, secá-los e fazer o curativo. Ah, mas pra isso precisava de ácido sulfúrico, olha só o perigo. Bom, quando terminou o expediente fui até uma farmácia próxima para adquirir o produto indicado. Pensei, vou comprar uns dez ml, afinal de contas, eu devia usar cotonetes de algodão e a quantidade podia ser mínima. Chegando à farmácia descobri que não existia o produto em frasco pequeno, somente frasco de 1 litro. Quando pedi o produto, o vendedor questionou porque estava eu comprando acido sulfúrico, os co...

>Tristes lembranças

Vista de um rio cheio de lixo /Imagem google As imagens são assustadoras e mostra a pequenez do homem diante da força da natureza; que enfurecida com tantas agressões sofridas resolveu mostrar do que é capaz quando desafiada pelo homem. A pergunta que fica é: será que as autoridades vão permitir a reconstrução de moradias nas áreas de encostas devastadas? Caso isso aconteça, podemos esperar novas tragédias em um futuro muito próximo. Nossas autoridades não podem fechar os olhos para o grave problema das ocupações irregulares que ocorre não somente no Rio de Janeiro, mas em todo Brasil. Enquanto a população não se conscientizar e continuar jogando lixo na rua e ocupando os espaços urbanos de forma irregular sem planejamento, estamos fadados a ver pessoas morrendo a cada verão no meio do próprio lixo que em consequência das chuvas vai parar nos rios e mananciais. A imagem abaixo ilustra bem  a situação da maioria dos nossos rios. Prevenção é a palavra chave para se ...

>Viagem de caboclo

Arquivo pessoal Um dia dexei minha terra uma tanto contra a vontade pra fazê o gosto do fio vim quele pra cidade. Falaro tanto de uma tal metrope disque tudo era bunito de se vê. Era tudo iluminado, até parecia o céu istrelado de tanta luz nada que se comparasse com meu campo quera puro mataréu. E eu um tanto veio e cansado pensei: vou encará mais esse disafio ... parti de mala e cuia; tranquei os resto dos trem com chave na minha tuia. Quando nóis disinbarcarmo, minha impressão já não foi la muito boa diz que nessa tal metrope se roba e se mata atoa. Apiamo numa tal rodoviara eu nem cunhicia isso é gente pra todo lado, gente inté, gente sentada, tinha inté gente deitada inté pra andá atrapaia é uma correria só, parece que ninguém trabaia. parece praga, ninguém qué andá a pé é um trombano no outo veio, criança e muié. Aqui tem cada coisa! cada uma mais istranha; fiquei abismado, tem muié com nome de peixe tem e homem com nome de bicho qui tem lá no meu serrado...

>Herói anônimo

Imagem/google Assim como todos, o homem do campo também participou ativamente do processo eleitoral e que comemorou Natal e Ano Novo com toda sua simplicidade que lhe é peculiar. Mesmo assim sabe muito bem o que quer dos nossos governantes; até por que nos dias atuais, o homem que cultiva a terra já não é mais aquele desligado do mundo como antigamente. Hoje, a tecnologia permite contato direto com o mundo nos recantos mais longínquos através de vários meios de comunicação. Um dia fiz parte dessa classe dos pequenos, muitas vezes esquecidos. É por tudo isso que eu não poderia deixar de compartilhar com, pequenos, médios e grandes produtores meu reconhecimento; aqueles que não conhecem precisam conhecer melhor o campo para valorizar mais os produtos consumidos na cidade. Afinal de contas, no asfalto nada se produz alem de muito calor; e homem do campo é um verdadeiro herói anônimo.

Retrospectiva 2010

Imagens/google Meus amigos, minhas amigas. Conseguimos chegar ao final de mais um ano, isso quer dizer que bem ou mal atravessamos os doze meses do ano, uns bem, outros nem tanto! Mas o certo é que chegamos. Com certeza deixamos de fazer muitas coisas que gostaríamos de ter feito e não foi possível fazer; algumas fizemos errado, o tempo não volta atrás, é implacável. Geralmente nessa época, as pessoas mesmo inconscientes acabam fechadas para balanço, é hora de rever os erros e acertos durante essa corrida e ver o que pode ser melhorado no próximo ano. É sempre assim! O ano foi cheio de acontecimentos trágicos; as enchentes que mataram centenas de pessoas em várias regiões do país; em Alagoas foram 36 mortes e 76 desaparecidos; em Pernambuco foram 17 mortes; no Rio de janeiro, segundo o Corpo de Bombeiros do Estado, 120 pessoas teriam morrido em decorrência das enchentes. São Luiz do Paraitinga, no Estado de São Paulo foi arrasado, causando um prejuízo de grandes proporções. O mundo, a...

>Pedaços de esperança

Mais um Natal se aproxima e, por incrível que pareça uma tristeza invade meu coração. Mas não pense que meus Natais foram sempre tristes, de maneira nenhuma. Nada disso, já tive natais maravilhosos ao lado dos familiares.  Ficávamos ansiosos esperando o natal chegar. Aprendemos desde muito cedo que era uma época de mais reflexão, de confraternização com familiares, parentes e amigos e, não como é hoje dia em que a maioria leva a coisa para o lado puramente comercial onde o que vale é o presente mais caro e mais bonito. O Natal pra mim começou a perder a magia quando perdi aos poucos os participantes daquelas memoráveis comemorações, não pela quantidade, mas sim pela simplicidade estampada no rosto de cada um. Onde olhávamos víamos um rosto iluminado de felicidade. Não pelo valor dos presentes, contentávamos com muito pouco, o que valia mesmo era o verdadeiro espírito de Natal. Primeiro, perdi meu pai, isso já foi uma perda difícil; quando perdi min...

>Um candidato na terra de pescadores

Um candidato resolveu fazer campanha lá pros lados da roça. Para conseguir votos para se eleger vereador na pequena cidade e, para isso, ofereceu pagar tudo que as pessoas necessitassem. No jargão popular chama isso de compra de voto mesmo. Assim que o mesmo chegou para dar início a sua campanha eleitoral já veio o primeiro e pediu uma vara de anzol.  Em seguida veio o segundo pediu iscas de pesca. O terceiro pediu uma fisga dessas que ele só conhecia por fotografia. Mais tarde, chegou um sujeitinho que queria comprar uma enxada. O candidato ficou surpreso e não deixou por menos. Fez vários elogios àquele cidadão que foi o único entre tantas pessoas daquela cidade que não pediu nada relacionado à pesca ele disse: “Até que enfim alguém que deseja trabalhar na roça. Pode escolher a melhor enxada”.  E o caipira respondeu:  - Precisa não! “ Pra procurar minhoca serve qualquer uma. ..” Revista Metrópole