Há alguns dias me mantenho em
silencio, pelo menos neste espaço. Isto não significa que minha indignação passou,
pelo contrario, ela aumenta a cada dia que abro o jornal e vejo o noticiário das
TVs. Passada as eleições vem aí o aumento do preço da gasolina e, com ele fica
mais caro do que está o custo de vida dos
brasileiros. Porque na verdade, os aumentos vem em cascata, menos o aumento do
nosso minguado salário.
Enquanto leio no jornal que o Palácio
do Planalto vai abrir um pregão eletrônico, isto é, um tipo de concorrência pública,
no valor de R$ 98,8 mil para adquirir mini pizzas, ah, de pizza aquele povo
entende. É só olharmos para os envolvidos no mensalão que foram condenados,
alguns a mais de dez anos de cadeia e já estão saindo todos para cumprir a pena
em liberdade, se isso pode dizer que é pena.
Em novembro do ano passado é que
a maioria dos condenados foi presa. Isto significa que passado esse tempo já estão
com direito a prisão domiciliar e outras mordomias. Enquanto que presos comuns “rala", estou
falando de um programa de inclusão social que a Prefeitura Municipal de
Campinas, SP, tem com a SAP (Secretaria de Administração Penitenciaria), onde
os presos trabalham de sol a sol no cabo da enxada, capinando, roçando mato e
pintando escolas e outros bens públicos e tem que voltar pra cela todos os
dias.
E olha que eles não foram nenhum
daqueles que meteram a mão no dinheiro do povo. Sem falar nos desvios
bilionários da Petrobrás que no final também vai acabar em pizza. Foi pensando
nisso que um dos envolvidos no mensalão, Henrique Pizzolatto, já foi logo pra Itália,
a capital da pizza. Enquanto isso eu preciso cada dia desembolsar mais e mais
dinheiro para adquirir cada vez menos coisas. É o custo de vida que somente os
pobres e assalariados conhecem.