.


19 de fevereiro de 2011

>Mula,sem cabeça!!

Na verdade este texto não foi escrito agora. Fiquei confuso ao ler novamente e tentando entender e explicar veja em que confusão me meti! No folclore brasileiro fala tanto na mula sem cabeça, porém ninguém sabe dizer como foi que ela perdeu a dita cuja; se foi pelo burro, mas acredito que não! Até porque burro e mula não transam, se é assim com certeza não perdeu a cabeça pelo mesmo. A mula, sem cabeça ou não, é filha duma égua através do cruzamento com um jumento que corneou o cavalo marido da égua.

Aqueles que acreditam em superstições devem dizer que o saci é o maior supersticioso; porque, alguns dizem que ele acorda sempre com o pé direito todos os dias. O famoso negrinho de uma perna só aparece nos desenhos ora com a direita, ora com a esquerda. Na verdade, não existe uma regra.

O que não explicaram até hoje é como ele perdeu a perna, se foi em algum acidente automobilístico, ou quem sabe tenha caído do lombo da mula sem cabeça. Minha tese é: acredito que tenha se sentido mal ao fumar charuto importado do Paraguai.

Ao ser socorrido a um hospital conveniado com o SUS (Sistema Único de Saúde), ao invés de tirar uma radiografia dos pulmões acabaram errando e cortaram a perna. Qual delas, não me pergunte.

13 de fevereiro de 2011

>Sob pressão

O feijão era cozido sem pressa, no fogão a lenha, vagarosamente. Alguém que já morava na cidade a alguma tempo, foi passear no sitio e disse que aqui era possível cozinhar o mesmo feijão em 40 minutos enquanto lá na roça levávamos o dia inteiro para realizar a mesma tarefa. Fiquei encantado, com a novidade, quando soube dessa maravilha da cidade grande precisava conhecer. Tudo isso era o ‘milagre que a panela de pressão, fazia com seu tititititititi característico, quando cozinhava com uma rapidez impressionante, não só o feijão, mas vários alimentos. Isso me fascinou de tal forma que era difícil imaginar a vida sem aquela facilidade, e precisava mesmo daquela invenção, porque não tinha fogão à lenha. Lenha menos ainda. Por onde se olhava era uma “selva de pedra”. Não somente aquela, mas várias outras novidades estavam disponíveis para uso da população. A ficha caiu quando também mudei pra cidade e percebi que a vida aqui era ditada pelas horas. Tem hora pra dormir, acordar, tomar a condução, entrar e sair do trabalho; não sobra tempo pra nada, nem para conversar com os amigos, como fazíamos aí na roça sem se preocupara com o tempo e a hora. Foi aí que percebi porque o feijão tinha que ser cozido em menos tempo. O tempo olha o tempo de novo, passando, e hoje muitas pessoas nem esse tempo tem mais, já compra o feijão cozido.
Na verdade, nem só o feijão, aqui se compra as refeições em embalagens de conserva. Para não ficar só nisso tiveram que inventar o tal de microondas, que ao invés de minutos esquenta alguns alimentos em segundos. Meu Deus, aqui têm cada vez menos tempo. Antes escrevíamos em papel hoje escrevemos no computador, a desvantagem de tudo isso é que os estudantes de hoje não tem o habito de exercitar a escrita, antes até disputávamos quem tinha a caligrafia mais bonita. Lembra dos cadernos de caligrafia? Ah, não é do seu tempo! Alguns alunos nem mesmo escrever sabe. Aqueles que conseguiram se formar não sabe muitas vezes escrever direito. Mesmo assim se vangloria de ter se formado nisso ou naquilo.
Não sou formado em nada não, mas dá dó quando, às vezes tenho de ler alguma coisa que esses tais formados são obrigados a escrever. É um horror!! A língua portuguesa vai sendo massacrada a cada dia; estão americanizando tudo. Alguns não sabem com se escreve salsicha, se com ‘s’ ou ç cedilha, mas enche a boca falando hot dog, X-bacon, hambúrguer e outros tantos nomes. O outro mal sabe falar a língua portuguesa e quer aprender falar inglês, alemão, italiano, etc. Uns não conhecem a própria cidade onde mora, mas, quer viajar para conhecer a Europa, principalmente. Como podemos ver, a vida está cada vez mais corrida e, o tempo conspira contra nós. Parece que um ano passa rápido demais que muitas vezes nem percebemos. Percebi que na cidade é mesmo tudo sob pressão. É a famosa corrida contra o tempo.
J Araújo

4 de fevereiro de 2011

>Frases feitas

Sempre gostei de televisão, filmes, novelas, programas de auditórios sempre me atraíram. Ultimamente tenho observado bastante os jornais. A cobrança dos vestibulares para se manter informada me fez ainda mais atenta às noticias do Brasil e do mundo. E todo telejornal segue, quase que rigorosamente, uma seqüência: uma noticia sobre violência, outra sobre economia, outra sobre futebol, e assim vai! E pra encerrar, algo de bom, (se é que ainda haja algo a ser dito), é uma boa noite para fechar com chave de ouro. Todas (ou quase todas) têm algo de novo a ser acrescentado todos os dias.

O lugar onde ocorreu a violência, o político acusado da vez, os altos e baixos da economia mundial, mas quando chega o futebol, ah, mudam-se os times, os campeonatos; os jogadores, mas algo não mudam; as frases feitas, como: "vamos seguir a orientação do treinador". " O time está confiante”, “Vamos em busca da vitória”. É como se eles, todos eles, ensaiassem essas frases, que são usadas para toda e qualquer pergunta que seja feita.

Acho que falta é informação a esses jogadores, que demonstram abrindo a boca que se não soubessem jogar bola não seria nada com nada. São maquinas de fazer dinheiro e não deve ser interessante que saibam pensar. Eu continuo me divertindo com os telejornais, ouvindo até três jogadores diferentes dizer frases iguais de maneira distinta. Às vezes acho que observo demais.

Thais F. Araújo

26 de janeiro de 2011

Olho de peixe, huum, como isso dói!

Teve uma época em meu tempo de policial, por algum tempo exerci a função no transito, como trabalhava muito em uma determinada rua, acabei fazendo amizade com vários comerciantes da área e dentre eles havia, como não podia deixar de ser, um português dono de uma lanchonete e padaria, que sabendo do meu problema resolveu ensinar uma receita, "portuguesa com certeza", para a cura definitiva daquele mal.

Me explicou que eu devia chegar a minha casa; lavar bem os pés, secá-los e fazer o curativo. Ah, mas pra isso precisava de ácido sulfúrico, olha só o perigo. Bom, quando terminou o expediente fui até uma farmácia próxima para adquirir o produto indicado. Pensei, vou comprar uns dez ml, afinal de contas, eu devia usar cotonetes de algodão e a quantidade podia ser mínima.

Chegando à farmácia descobri que não existia o produto em frasco pequeno, somente frasco de 1 litro. Quando pedi o produto, o vendedor questionou porque estava eu comprando acido sulfúrico, os cotonetes eu tinha em casa. Acredito que ele vendeu porque eu estava fardado. Acabei levando aquele enorme frasco, já ansioso para ver o resultado.

Ao chegar em casa fiz tudo que meu amigo português mandou fazer. Na ânsia de resolver o mais rápido possível, ao invés de queimar com o cotonetes quase seco, acabei exagerando. Não suportando a dor chamei socorro. Com essa minha atitude irresponsável acabei parando no hospital, meu pé estava roxo por falta de circulação sanguínea. O medico que atendeu disse que se tivesse demorado mais algumas horas seria tarde demais; eu poderia perder a perna.

Claro que depois de alguns dias sem ver meu amigo português, quando o vi quis tirar satisfação. Expliquei o ocorrido e ele disse: “depois diz que português é burro”. Quando passou o susto procurei o serviço de saúde da unidade onde eu trabalhava e fui encaminhado para o (HM) Hospital Militar onde, - onde a bem da verdade, - a sola do pé foi quase que arrancada inteira, de tanto olho de peixe que tinha. Foi feito tanto buraco que meu pé parecia mais uma cratera lunar.

Quando saí de lá tive que usar muletas. Felizmente, graças a Deus, a cirurgia foi um sucesso. Depois de muitos anos apareceu mais um. Como eu já tinha experiência no assunto procurei logo o medico da empresa onde eu trabalhava, nessa época, não estava mais na corporação. Pensei, mais uma vez vou ter de fazer outra cirurgia. Ledo engano. O médico do consultório me deu um pozinho com a recomendação que devia toda noite após o banho limpar bem o olho de peixe, secar e preencher o local com aquele pó milagroso, cobrir com um esparadrapo e somente retirar quando fosse tomar outro banho. Não acreditei muito, mas em uma semana, certa noite ao retirar o esparadrapo o olho saiu inteiro. Milagre!! Era o fim do sofrimento com o Ácido Salicílico e não Acido Sulfúrico.
                                             Dicas
Procure uma farmácia, compre AAS (acido aceticil salicílico), Se você não encontrar o AAS em pó compre os comprimidos e transforme em pó. Toda noite ao tomar banho limpe bem o local do olho de peixe, tire aquela pele morta que fica em volta; seque bem e preencha com o pó do AAS. Cubra com esparadrapo; repita o procedimento sempre que tomar banho, no máximo em duas semanas ele sai inteiro e morto grudado no esparadrapo.

17 de janeiro de 2011

>Tristes lembranças

Vista de um rio cheio de lixo /Imagem google
As imagens são assustadoras e mostra a pequenez do homem diante da força da natureza; que enfurecida com tantas agressões sofridas resolveu mostrar do que é capaz quando desafiada pelo homem. A pergunta que fica é: será que as autoridades vão permitir a reconstrução de moradias nas áreas de encostas devastadas? Caso isso aconteça, podemos esperar novas tragédias em um futuro muito próximo.

Nossas autoridades não podem fechar os olhos para o grave problema das ocupações irregulares que ocorre não somente no Rio de Janeiro, mas em todo Brasil.
Enquanto a população não se conscientizar e continuar jogando lixo na rua e ocupando os espaços urbanos de forma irregular sem planejamento, estamos fadados a ver pessoas morrendo a cada verão no meio do próprio lixo que em consequência das chuvas vai parar nos rios e mananciais. A imagem abaixo ilustra bem  a situação da maioria dos nossos rios. Prevenção é a palavra chave para se evitar tantas mortes como as corridas nas cidades serranas do Rio de Janeiro.

Infelizmente em comparação com outros países – Austrália e Portugal – que enfrentaram chuvas torrenciais, com quase o dobro de precipitação as ocorridas no Rio de Janeiro. A diferença é que lá apesar das enchentes o numero de vitimas fatais foi ínfimo em relação às mortes ocorridas no Brasil. A cada catástrofe percebemos que o Brasil não está preparado para enfrentá-las. Será que um dia seremos eficiente nesse quesito.    

LinkWithin

Related Posts Plugin for WordPress, Blogger...