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17 de janeiro de 2011

>Tristes lembranças

Vista de um rio cheio de lixo /Imagem google
As imagens são assustadoras e mostra a pequenez do homem diante da força da natureza; que enfurecida com tantas agressões sofridas resolveu mostrar do que é capaz quando desafiada pelo homem. A pergunta que fica é: será que as autoridades vão permitir a reconstrução de moradias nas áreas de encostas devastadas? Caso isso aconteça, podemos esperar novas tragédias em um futuro muito próximo.

Nossas autoridades não podem fechar os olhos para o grave problema das ocupações irregulares que ocorre não somente no Rio de Janeiro, mas em todo Brasil.
Enquanto a população não se conscientizar e continuar jogando lixo na rua e ocupando os espaços urbanos de forma irregular sem planejamento, estamos fadados a ver pessoas morrendo a cada verão no meio do próprio lixo que em consequência das chuvas vai parar nos rios e mananciais. A imagem abaixo ilustra bem  a situação da maioria dos nossos rios. Prevenção é a palavra chave para se evitar tantas mortes como as corridas nas cidades serranas do Rio de Janeiro.

Infelizmente em comparação com outros países – Austrália e Portugal – que enfrentaram chuvas torrenciais, com quase o dobro de precipitação as ocorridas no Rio de Janeiro. A diferença é que lá apesar das enchentes o numero de vitimas fatais foi ínfimo em relação às mortes ocorridas no Brasil. A cada catástrofe percebemos que o Brasil não está preparado para enfrentá-las. Será que um dia seremos eficiente nesse quesito.    

6 de janeiro de 2011

>Viagem de caboclo

Arquivo pessoal
Um dia dexei minha terra uma tanto contra a vontade pra fazê o gosto do fio vim quele pra cidade. Falaro tanto de uma tal metrope disque tudo era bunito de se vê. Era tudo iluminado, até parecia o céu istrelado de tanta luz nada que se comparasse com meu campo quera puro mataréu.

E eu um tanto veio e cansado pensei: vou encará mais esse disafio ... parti de mala e cuia; tranquei os resto dos trem com chave na minha tuia. Quando nóis disinbarcarmo, minha impressão já não foi la muito boa diz que nessa tal metrope se roba e se mata atoa.

Apiamo numa tal rodoviara eu nem cunhicia isso é gente pra todo lado, gente inté, gente sentada, tinha inté gente deitada inté pra andá atrapaia é uma correria só, parece que ninguém trabaia. parece praga, ninguém qué andá a pé é um trombano no outo veio, criança e muié.

Aqui tem cada coisa! cada uma mais istranha; fiquei abismado, tem muié com nome de peixe tem e homem com nome de bicho qui tem lá no meu serrado. A gente num sabe que é, muié que parece home e home quinem muié.

preciso vortá correno pra minha terra de novo. Nunca vô mi acustumá com o jeito desse povo. dispois dessa viaje, precisava com urgença fazê minha necessidades, oi ei pra todo lado vi que nuntinha lugá.

Nun tinha mato, nun tinha moita. Cunvesa vai, cunvesa vem e eu morreno de pressa discubri que precisava entrá num tal de banheiro coletivo pra variá, caquele montão de gente inda tinha qui pagá. Eu achei quera sozinho na hora da gente intrá. Mais o que mim cabrunhou mesmo, foi vê criança pidindo ismola. Num era pra santo ni nhum, mais o que divia mesmo é ta tudo na iscola. Eu mesmo nunca istudei mais sempre iscuto falá, que o Brasil só vai pra frente se as criança de hoje istudá.

Aqui nessa tal metrope rio a gente não se vê quando vê é muito sujo a água num dá pra beber. Diz que é a tal poluição, eu nunca vi falá nisso. Aqui, a agua qui a gente bebe sai de uma tal torneira, no meu sitio num tem isso, ela vem da cachuera. a gente inda fica iscutando um monte de gente falá qui os rio ta morrendo pricisa da gente cuidá. Fiquei matutando comigo mais rio morre. Qui povo ruim, mata inté rio.

Como posso fazê isso pra essa morte invitá...se aquele mundão de gente só sabe as água sujá. Num só um home letrado, mal sei rabiscá meu nome, mais com meu trabaio duro sei qui tô sempre ajundano o brasil matá a fome.

Sei qui já falei dimais. Obrigado\de mim iscutá! Já tô indo vô imbora, aqui num é meu lugá! Se gostô da minha prosa e quisê continuá vai aqui o meu convite. Dexa um pouco essa cidade e vem conhecê meu sitio que é o lugá pra discançá.

J Araújo 21/05/2004

>Herói anônimo

Imagem/googleAssim como todos, o homem do campo também participou ativamente do processo eleitoral e que comemorou Natal e Ano Novo com toda sua simplicidade que lhe é peculiar. Mesmo assim sabe muito bem o que quer dos nossos governantes; até por que nos dias atuais, o homem que cultiva a terra já não é mais aquele desligado do mundo como antigamente. Hoje, a tecnologia permite contato direto com o mundo nos recantos mais longínquos através de vários meios de comunicação. Um dia fiz parte dessa classe dos pequenos, muitas vezes esquecidos. É por tudo isso que eu não poderia deixar de compartilhar com, pequenos, médios e grandes produtores meu reconhecimento; aqueles que não conhecem precisam conhecer melhor o campo para valorizar mais os produtos consumidos na cidade. Afinal de contas, no asfalto nada se produz alem de muito calor; e homem do campo é um verdadeiro herói anônimo.

17 de dezembro de 2010

Retrospectiva 2010

Imagens/googleMeus amigos, minhas amigas. Conseguimos chegar ao final de mais um ano, isso quer dizer que bem ou mal atravessamos os doze meses do ano, uns bem, outros nem tanto! Mas o certo é que chegamos. Com certeza deixamos de fazer muitas coisas que gostaríamos de ter feito e não foi possível fazer; algumas fizemos errado, o tempo não volta atrás, é implacável. Geralmente nessa época, as pessoas mesmo inconscientes acabam fechadas para balanço, é hora de rever os erros e acertos durante essa corrida e ver o que pode ser melhorado no próximo ano.
É sempre assim! O ano foi cheio de acontecimentos trágicos; as enchentes que mataram centenas de pessoas em várias regiões do país; em Alagoas foram 36 mortes e 76 desaparecidos; em Pernambuco foram 17 mortes; no Rio de janeiro, segundo o Corpo de Bombeiros do Estado, 120 pessoas teriam morrido em decorrência das enchentes. São Luiz do Paraitinga, no Estado de São Paulo foi arrasado, causando um prejuízo de grandes proporções.
O mundo, ainda, assistiu o drama dos 33 mineiros que passaram 69 dias soterrados a 700 metros de profundidade na antiga mina San José, no deserto do Atacama no Chile, felizmente, até serem resgatados ilesos. Infelizmente, na Nova Zelândia, 29 trabalhadores não tiveram a mesma sorte em um acidente parecido.
Como podemos perceber o ano foi trágico para centenas de pessoas, mas às vezes esquecemos-nos de tudo isso, até por que o brasileiro tem memória curta e precisamos estar sempre lembrando para que não caia no esquecimento e, quem sabe as autoridades possam tomar alguma providencia e não ocorra tudo de novo no próximo ano. Mas o desastre maior foi o aumento de salário (clique e veja) autoconcedido, no ultimo dia 16, aos nobres políticos, deputados e senadores.
Tivemos eleições, no Brasil, onde pela primeira vez na história uma mulher foi eleita Presidente da República. Elegemos Deputados e Senadores das mais diversas profissões; médicos, advogados, dentistas, operários, tem operários lá? Fiquei huuumm na dúvida. Palhaço, esse eu sei, nada contra a profissão, na verdade, os palhaços somos todos nós que elegemos a maioria deles, esses mesmos aí de cima que aumentaram os próprios salários.
Aproveito o momento para desejar a todos que por ventura passar aqui tenha um Feliz Natal, cheio de paz, saúde e a alegria de poder compartilhar essa data festiva com seus familiares e amigos. Para uma maioria esmagadora que vê o Natal não como um momento de reflexão, mas como uma oportunidade de negocio e realizações, até posso não concordar com algumas atitudes, mas respeito todas as opiniões. E que o Deus maior perdoe, pois, na verdade o grande homenageado e festejado deveria ser seu filho Jesus cristo.
(a) J Araújo

2 de dezembro de 2010

>Pedaços de esperança



Mais um Natal se aproxima e, por incrível que pareça uma tristeza invade meu coração. Mas não pense que meus Natais foram sempre tristes, de maneira nenhuma. Nada disso, já tive natais maravilhosos ao lado dos familiares. 

Ficávamos ansiosos esperando o natal chegar. Aprendemos desde muito cedo que era uma época de mais reflexão, de confraternização com familiares, parentes e amigos e, não como é hoje dia em que a maioria leva a coisa para o lado puramente comercial onde o que vale é o presente mais caro e mais bonito.

O Natal pra mim começou a perder a magia quando perdi aos poucos os participantes daquelas memoráveis comemorações, não pela quantidade, mas sim pela simplicidade estampada no rosto de cada um. Onde olhávamos víamos um rosto iluminado de felicidade. Não pelo valor dos presentes, contentávamos com muito pouco, o que valia mesmo era o verdadeiro espírito de Natal.

Primeiro, perdi meu pai, isso já foi uma perda difícil; quando perdi minha mãe então, o mundo desabou de vez. Mas o tempo é assim mesmo, nos reserva surpresas muitas vezes desagradáveis. Sentimo-nos como isca viva jogadas no lago da vida onde existe um exercito de milhares de piranhas ávida para nos mordicar, arrancando aos poucos nossos pedaços de esperança.

Hoje me sinto aliviado, conheço a vontade de Deus e minha esperança se renova a cada dia aguardando a volta do Salvador. Jesus Cristo!

(a) J Araújo

20 de novembro de 2010

>Um candidato na terra de pescadores

Um candidato resolveu fazer campanha lá pros lados da roça. Para conseguir votos para se eleger vereador na pequena cidade e, para isso, ofereceu pagar tudo que as pessoas necessitassem. No jargão popular chama isso de compra de voto mesmo. Assim que o mesmo chegou para dar início a sua campanha eleitoral já veio o primeiro e pediu uma vara de anzol. 

Em seguida veio o segundo pediu iscas de pesca. O terceiro pediu uma fisga dessas que ele só conhecia por fotografia. Mais tarde, chegou um sujeitinho que queria comprar uma enxada. O candidato ficou surpreso e não deixou por menos. Fez vários elogios àquele cidadão que foi o único entre tantas pessoas daquela cidade que não pediu nada relacionado à pesca ele disse:

“Até que enfim alguém que deseja trabalhar na roça. Pode escolher a melhor enxada”. 

E o caipira respondeu: 

- Precisa não! “Pra procurar minhoca serve qualquer uma...”

Revista Metrópole

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