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21 de outubro de 2009

>Coisas de Minas

Um avião, cheio de deputados e senadores, cai numa mata em Minas Gerais.
Um mineirinho que viu a queda foi até o local e enterrou todo mundo.No dia seguinte, um helicóptero que procurava o avião desaparecido, ao ver os destroços, pousou


_ Onde estão as pessoas que estavam no avião?
_ Uai sô!!! Interrei tudo.

_Mas não podia, pois eram políticos importantes. E não tinha nenhum vivo?

_Óia!!! Inté discunfiei que tinha. Eu gritei: TEM ARGUÉM VIVO AÍ?
UNS DEZ LEVANTÔ A MÃO
E onde eles estão? _ Interrei assim mesmo pruque du jeito qui pulítico mente....
Num criditei in ninhum deles...TÁ FALTANDO MINEIRO PRA CONSERTAR O BRASIL.

Colaboração: Minhas Palavras
As imagens utilizadas foram retiradas da web

15 de junho de 2009

>História sem graça


Lá pelos cafundós das matas, o mendigo conhecido como "Sinhô Torresmo", baixinho, barrigudo, barbudo, e fedido de dar dó, pedia de porta em porta. 

- Tum, tum, tum, oh dona Maria, sou eu mesmo Torresmo! Tem um lanchinho e um pouco de café pra mim? - Ara! 

Tem sim Torresmo, se achegue ai... O tempo passava, e seu Torresmo gordo como ele só enquanto Lurdinha e Maria se arrebentavam de trabalhar para sustentar sua filharada levada da breca... Um dia, a Lurdinha teve uma ideia: 

- Oh Maria, meu pai deu um saco de arroz com casca! Ocê me ajuda com um saco de feijão e nóis, resorvemo de vez o pobrema do seu Torresmo. 

Nóis dá tudo prele. Ta feito, vamo faze isso. No dia seguinte Torresmo apareceu e para sua surpresa ganhou um saco de arroz e outro de feijão. 

- Ah, dona, mas não quero! E puf caiu durinho! Foi uma gritaria e um corre-corre danado que só vendo... 

Socorro! socorro seu Torresmo morreu! Ajeitaram-no em um caixão com vela, e tudo que tem direito... No caminho do cemitério, Seu Torresmo, murmura: 

- Que é isso? - Você morreu. Responde Lurdinha. - Eu, o que? Morri? Ai, ai, ai e de que? 

- Você morreu de susto, com os sacos de arroz e feijão. 

- Aquele arroz com casca? Interroga Torresmo. 

- É, diz Lurdinha! 

- E você tira a casca para mim? Indaga o defunto. 

- Eu não, seu folgado! Responde Lurdinha já sem paciência 

- Então segue o enterro... 

- Acorda homem, eu tiro a casca...Exclama Maria. 

- Mas, você tira a casca pra mim? Depois cozinha... 

- Nãããão Torresmo deixa de ser folgado! Só tiro a casca home 

- Então segue o enterro... O padre encomendou o corpo, por que alma não tinha mesmo. Jogou água benta no Torresmo, mandou fechar o caixão. O defunto grita: 

- NÃO! Espera aí, eu fico com o arroz e o feijão. Por esses dias eu tenho mesmo que comprar mais uma casa, já está até alugada... Histórias que o povo conta... (Será que não temos algum ilustre político TORRESMO?).

8 de maio de 2009

>Confusão no velório

webUma senhora, dessas velhotas curiosas e fofoqueiras, soube da morte da mulher e resolve dar os pêsames ao viúvo, mas confunde os irmãos e acaba por se dirigir ao irmão que perdeu a lancha:- Eu só soube agora. Que perda enorme. Deve ser terrível para si.

O solteiro, sem entender bem, explicou:- Pois é. Eu estou arrasado. Mas, é preciso ser forte e enfrentar a realidade.. De qualquer modo, ela já estava muito velha. Tinha o traseiro todo arrebentado, fedia a peixe e vazava água como nunca vi. É verdade que ela tinha uma grande racha na frente e um buraco atrás que, cada vez que eu usava, ficava maior. Mas, eu acho que o que ela não agüentou foi que eu a emprestava a quatro amigos que se divertiam com ela. Eu sempre lhes disse para eles irem com calma, mas desta vez foram os quatro juntos e isso foi demais para ela...A velhinha fofoqueira desmaiou!

21 de abril de 2009

>Avanço tecnológico


Um casal decide passar férias numa praia do Caribe, no mesmo hotel onde passaram a lua de mel há 20 anos atrás. Por problemas de trabalho, a mulher não pode viajar com seu marido, deixando para ir uns dias depois. 

Quando o homem chegou e foi para seu quarto do hotel, viu que havia um computador com acesso a internet. Então decidiu enviar um e-mail a sua mulher, mas errou uma letra sem se dar conta e o enviou a outro endereço... 

O e-mail foi recebido por uma viúva que acabara de chegar do enterro do seu marido e que ao conferir seus e-mails desmaiou instantaneamente. O filho, ao entrar na casa, encontrou sua mãe desmaiada, perto do computador, onde na tela poderia se ler: 

— Querida esposa: Cheguei bem. Provavelmente se surpreenda em receber noticias minhas por e-mail, mas agora tem computador aqui e pode enviar mensagens às pessoas queridas. Acabo de chegar e já me certifiquei que já está tudo preparado para você chegar na sexta que vem. Tenho muita vontade de te ver e espero que sua viagem seja tão tranquila como a minha. Obs: Não traga muita roupa, porque aqui faz um calor infernal!

11 de abril de 2009

>História de pescador

Arquivo pessoal

As pescarias sempre dão o que falar. No interior de Minas Gerais, o caboclo havia acabado de chegar de uma pescaria. Passou em uma venda, - lá em Minas Gerais não tem bar tem venda. Dessas na beira da estrada. 

Parou ali pra tomar uma branquinha, em Minas não se pede pinga, pede uma branquinha. Encostou-se ao balcão e começou a falar da pescaria para os amigos ali presentes. Contou que tinha pescado várias espécies de peixes; pacu, tilápia, corvina e outras que nem lembrava o nome. 

Disse que tinha pegado um lambari com mais de três quilos. O compadre que ouvia tudo calado não se conteve e discordou. 

Ô compadre, como você mente hein’! Você trouxe esse lambari pra gente ver? - Nem trouxe cumpade, nem trouxe! Era tanto peixe, mas tanto peixe, que o danado ia dar muito trabaio pra limpá. Prifiri trazê os miudinho.

O compadre também começou falar da pescaria que também tinha feito no sábado anterior na lagoa lá Sitio Boa Sorte, do compadre Joaquim. Só que não teve a mesma sorte do compadre. Ficou lá o dia inteiro e não pegou nada. Pra não dizer que não pegou nada, pegou sim.

Quando estava quase desistindo, sentiu uma fisgada forte, parecia que era o maior peixe que já tinha pegado em sua vida. Começou a puxar, puxar e pra sua surpresa fisgou um lampião. Devia ser algum pescador que foi ali à noite e acabou perdendo no fundo da lagoa. E o mais interessante, o lampião ainda estava aceso.

O que tinha pescado o lambari de três quilos não se conteve e disse: - Ô cumpade, ocê tem coragem de contá uma mintira destamanho. Onde já se viu pescá lampião, ainda aceso!

O outro não deixou pra menos e disse: - Compadre, vamos fazer o seguinte, você diminui o peso do seu lambari, que eu apago o meu lampião.
J. Araújo

30 de março de 2009

Com vocês, o último...


Um casal tinha dezesseis filhos, e resolveram que já era tempo de parar. O marido já velho, a mulher também achara por bem que a família que tinha estava de bom tamanho. Ou melhor, estava grande demais. Era uma das maiores da região. Ele achou que devia contar pra todos que ele e a esposa decidiram que não iam ter mais filhos. Afinal de contas, Pedro, o caçula estava com doze anos. 

E não é que de repente a esposa ficou grávida de novo. A notícia correu de boca em boca, e toda a região ficou sabendo da nova gravidez. O marido, espalhou aos quatro ventos que o décimo sétimo filho seria o último, e dessa vez, para ter certeza e sempre lembrar dos cuidados que deveria ter para evitar uma nova gravidez o nome do novo rebento seria; Ultimo. 

E assim foi feito. O garoto nasceu forte e sadio e foi batizado como Último da Silva Prado. O tempo passou, e mais uma vez, a esposa ficou grávida de novo e deu a luz a mais um garoto, forte e sadio como o ultimo. Como da última vez a notícia correu. E agora! O que dizer para os parentes e amigos? 

O marido, esperto, era caipira mas um grande leitor de livros de histórias e literatura das mais variadas. Pensou, pensou e logo em comum acordo, reuniram parentes e amigos mais íntimos e soltaram a notícia. 

Quando todos esperavam dele de que aquele seria o último, claro que não poderia ser!! Afinal de contas Último estava presente na reunião. O caipira raspou a garganta e disse: - senhores e senhoras, estamos reunidos aqui, fiquem a vontade, quero comunicar-lhes que o mais novo membro da família será batizado no próximo mês de maio; teremos uma grande festa; todos estão convidados. 

E para acabar de vez com o desconforto de estar dando explicações o nome deste será: Primeiro Epílogo da Silva Prado. E que Deus nos ajude a criar a filharada. E muitos ainda zombam dos caipiras....hum!
J. Araújo

15 de fevereiro de 2009

>Pescaria: mentiras é o tempero

Medidas:
Jamais se deve perguntar o tamanho e o peso de um peixe a quem o pescou.
Corre-se o risco de ouvir um relato mentiroso e muito divertido.

Os pescadores , viajantes por natureza, são famosos por produzir relatos incríveis. Isso porque as pescarias geram fatos inesperados e inusitados, que podem alimentar a imaginação do narrador. As narrativas de “causos” misturam elementos míticos, lendários e até de acontecimentos de outros contos da tradição folclórica brasileira.

Em todo caso, para ouvir um “causo” , jamais pergunte medidas a pescadores. Caso cometa esse erro, acrescente : com mentira ou sem? Para o ex-secretario de Educação de Campinas, Ezequiel Theodoro da Silva, pesca é um encontro com o inusitado. “Em toda aventura, geralmente há historias de pescador. Aí, coloca-se a magia, o maravilhoso e um pouco de mentira”, destaca.
Foto: web O ‘causo’ por definição
É uma narrativa de algo ocorrido com uma pessoa, que pode ser o próprio narrador, assistido por ele ou contado a ele. O texto (oral ou escrito) vem enfeitado pela fantasia do narrador, que muitas vezes, beira o absurdo, inclusive com a intervenção de influencias sobrenaturais.

Defunto vivo

Em alguns arraiais do interior mineiro, quando morria alguém, costumava buscar o caixão na cidade vizinha, de caminhão.
Certa feita, vinha pela estrada um caminhão com sua lúgubre encomenda, quando um pescador fez sinal, pedindo carona. O motorista parou.
- Se você não se incomodar de ir na carroceria, junto do caixão, pode subir.
O pescador disse que não tinha importância, que estava com pressa de voltar para casa – isto porque tinha vindo pescar sem avisar a esposa. Agradeceu e subiu na carroceria. E a viagem prosseguiu.
Nisso começa a chover. O pescador, não tendo onde se esconder da chuva, vendo o caixão vazio, achou melhor deitar-se dentro dele, fechando a tampa para melhor abrigar-se. Com o balanço da viagem, logo pegou no sono.
Mais na frente, outra pessoa pediu carona. O motorista falou:
- se você não se importa de viajar com o outro que está lá em cima, pode subir.
O segundo homem subiu no caminhão. Embora achasse desagradável viajar com um defunto num caixão, era melhor que ir de a pé para o povoado.
De tempos em tempos, novos caronas subiam na carroceria, sentavam-se respeitosos, em silencio, em volta do caixão, enquanto seguiam viagem.
Avizinhando-se do arraial, ao passar num buraco fundo da estrada, um tremendo solavanco sacode o caixão e desperta o pescador dorminhoco que escondera da chuva dentro dele.
Levantando devagarzinho a tampa do caixão e pondo a mão para fora, fala em voz alta:
- Será que já parou a chuva?
Foi um corre-corre dos diabos. Não ficou ninguém em cima do caminhão. Dizem que tem gente correndo até hoje.


Fonte: Folclore literário e lingüístico
Antonio Henrique Weitzel. Juiz de Fora, 1983.

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