Medidas:
Jamais se deve perguntar o tamanho e o peso de um peixe a quem o pescou.
Corre-se o risco de ouvir um relato mentiroso e muito divertido.
Os pescadores , viajantes por natureza, são famosos por produzir relatos incríveis. Isso porque as pescarias geram fatos inesperados e inusitados, que podem alimentar a imaginação do narrador. As narrativas de “causos” misturam elementos míticos, lendários e até de acontecimentos de outros contos da tradição folclórica brasileira.
Em todo caso, para ouvir um “causo” , jamais pergunte medidas a pescadores. Caso cometa esse erro, acrescente : com mentira ou sem? Para o ex-secretario de Educação de Campinas, Ezequiel Theodoro da Silva, pesca é um encontro com o inusitado. “Em toda aventura, geralmente há historias de pescador. Aí, coloca-se a magia, o maravilhoso e um pouco de mentira”, destaca.
Foto: web
O ‘causo’ por definição
Jamais se deve perguntar o tamanho e o peso de um peixe a quem o pescou.
Corre-se o risco de ouvir um relato mentiroso e muito divertido.
Os pescadores , viajantes por natureza, são famosos por produzir relatos incríveis. Isso porque as pescarias geram fatos inesperados e inusitados, que podem alimentar a imaginação do narrador. As narrativas de “causos” misturam elementos míticos, lendários e até de acontecimentos de outros contos da tradição folclórica brasileira.
Em todo caso, para ouvir um “causo” , jamais pergunte medidas a pescadores. Caso cometa esse erro, acrescente : com mentira ou sem? Para o ex-secretario de Educação de Campinas, Ezequiel Theodoro da Silva, pesca é um encontro com o inusitado. “Em toda aventura, geralmente há historias de pescador. Aí, coloca-se a magia, o maravilhoso e um pouco de mentira”, destaca.
Foto: web

É uma narrativa de algo ocorrido com uma pessoa, que pode ser o próprio narrador, assistido por ele ou contado a ele. O texto (oral ou escrito) vem enfeitado pela fantasia do narrador, que muitas vezes, beira o absurdo, inclusive com a intervenção de influencias sobrenaturais.
Defunto vivo
Em alguns arraiais do interior mineiro, quando morria alguém, costumava buscar o caixão na cidade vizinha, de caminhão.
Certa feita, vinha pela estrada um caminhão com sua lúgubre encomenda, quando um pescador fez sinal, pedindo carona. O motorista parou.
- Se você não se incomodar de ir na carroceria, junto do caixão, pode subir.
O pescador disse que não tinha importância, que estava com pressa de voltar para casa – isto porque tinha vindo pescar sem avisar a esposa. Agradeceu e subiu na carroceria. E a viagem prosseguiu.
Nisso começa a chover. O pescador, não tendo onde se esconder da chuva, vendo o caixão vazio, achou melhor deitar-se dentro dele, fechando a tampa para melhor abrigar-se. Com o balanço da viagem, logo pegou no sono.
Mais na frente, outra pessoa pediu carona. O motorista falou:
- se você não se importa de viajar com o outro que está lá em cima, pode subir.
O segundo homem subiu no caminhão. Embora achasse desagradável viajar com um defunto num caixão, era melhor que ir de a pé para o povoado.
De tempos em tempos, novos caronas subiam na carroceria, sentavam-se respeitosos, em silencio, em volta do caixão, enquanto seguiam viagem.
Avizinhando-se do arraial, ao passar num buraco fundo da estrada, um tremendo solavanco sacode o caixão e desperta o pescador dorminhoco que escondera da chuva dentro dele.
Levantando devagarzinho a tampa do caixão e pondo a mão para fora, fala em voz alta:
- Será que já parou a chuva?
Foi um corre-corre dos diabos. Não ficou ninguém em cima do caminhão. Dizem que tem gente correndo até hoje.
Fonte: Folclore literário e lingüístico
Antonio Henrique Weitzel. Juiz de Fora, 1983.
Defunto vivo
Em alguns arraiais do interior mineiro, quando morria alguém, costumava buscar o caixão na cidade vizinha, de caminhão.
Certa feita, vinha pela estrada um caminhão com sua lúgubre encomenda, quando um pescador fez sinal, pedindo carona. O motorista parou.
- Se você não se incomodar de ir na carroceria, junto do caixão, pode subir.
O pescador disse que não tinha importância, que estava com pressa de voltar para casa – isto porque tinha vindo pescar sem avisar a esposa. Agradeceu e subiu na carroceria. E a viagem prosseguiu.
Nisso começa a chover. O pescador, não tendo onde se esconder da chuva, vendo o caixão vazio, achou melhor deitar-se dentro dele, fechando a tampa para melhor abrigar-se. Com o balanço da viagem, logo pegou no sono.
Mais na frente, outra pessoa pediu carona. O motorista falou:
- se você não se importa de viajar com o outro que está lá em cima, pode subir.
O segundo homem subiu no caminhão. Embora achasse desagradável viajar com um defunto num caixão, era melhor que ir de a pé para o povoado.
De tempos em tempos, novos caronas subiam na carroceria, sentavam-se respeitosos, em silencio, em volta do caixão, enquanto seguiam viagem.
Avizinhando-se do arraial, ao passar num buraco fundo da estrada, um tremendo solavanco sacode o caixão e desperta o pescador dorminhoco que escondera da chuva dentro dele.
Levantando devagarzinho a tampa do caixão e pondo a mão para fora, fala em voz alta:
- Será que já parou a chuva?
Foi um corre-corre dos diabos. Não ficou ninguém em cima do caminhão. Dizem que tem gente correndo até hoje.
Fonte: Folclore literário e lingüístico
Antonio Henrique Weitzel. Juiz de Fora, 1983.
Hua, kkk, ha, ha, tem cada causo que a gente houve, mas este é bem engraçado...
ResponderExcluirFique com Deus, menino J. Araújo.
Um abraço.
Muito legal esse !!!meu pai tbém contava uns causo da hora !!!não tinhamos tv nem internet !!!
ResponderExcluiraí passavamos horas ouvindo e até o vizinhos vinham ouvir tbém!!!legal isso!!bjoss
estou sentindo sua falta!!fique com Deus
tenha uma semana abençoada!!bjossssssss
Amei teu Blog,super interessante ,
ResponderExcluiresse textos são bem típicos dos mineiros, também sou mineira UAI....rs
parabéns pelo Blog!
bj