A cobra mordeu a galinha, e, com o veneno queimando em suas veias, ela procurou refúgio no próprio galinheiro, buscando o aconchego de quem acreditava ser sua família. Mas, em vez de acolhê-la, as outras galinhas preferiram expulsá-la, temendo que o veneno pudesse atingir a todos. Ferida, coxeando e com os olhos marejados, a galinha deixou o galinheiro. Não chorava pela mordida da cobra, mas pelo abandono cruel de quem mais deveria ampará-la. Arrastando uma pata, vulnerável ao frio e à escuridão, seguiu em passos cambaleantes. Cada passo arrancava-lhe uma lágrima, que se misturava ao pó do caminho. As galinhas, indiferentes, observaram-na sumir no horizonte. Algumas murmuravam friamente: — Deixe-a ir… Não sobreviverá. O tempo passou, e um dia um beija-flor chegou ao galinheiro com uma notícia inesperada: — Sua irmã está viva! Mora numa caverna distante. Ela sobreviveu, mas perdeu uma pata e enfrenta dificuldades para se alimentar. Ela precisa de ajuda...
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