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14 de abril de 2023

Curiosidades sobre São Paulo - SP 🇧🇷

                                               (Avenida Paulista nos anos 1950)
São Paulo já teve nomes como São Paulo de Piratininga e Capitania de São Vicente, mas seu atual nome se deve porque o colégio que originou a cidade foi fundado no mesmo dia em que a igreja católica celebra a conversão do apóstolo Paulo.

Até 1920, a cidade de São Paulo (SP), tinha cerca de 600 mil habitantes. Apesar disso, já chamava atenção desde o império, que havia sido derrubado há poucos anos (1889)

Uma região econômica em ascensão que se destacava principalmente pelas fazendas.

A famosa Avenida Paulista, era formada por casarões e propriedades rurais, assim como em outros bairros como o Morumbi. Por isso é normal ouvir de pessoas mais velhas "quando eu cheguei aqui era só mato".

A facilitação para investir e empreender para gerar riquezas, somado aos projetos políticos que visavam transformar São Paulo em uma nova "Chicago" (Doc. Entre Rios), colaboraram com ascenção econômica da capital paulista.

Imigrantes que vinham a convite do estado, ou fugindo de guerras, também colaboraram com o desenvolvimento da nossa São Paulo. Nomes famosos como Martinelli, que construiu os edifícios mais altos da cidade na época, e Rodolfo Crespi, fundador do Clube Atlético Juventus e do Cotonifício Rodolfo Crespi, ambos os italianos marcaram a história da Terra da Garoa.

Na Mooca, no mencionado Cotonifício Crespi, foi onde também surgiu a primeira greve nacional. A colônia italiana do bairro também é considerada a responsável pela formação da primeira favela da cidade, 1890, no vizinho Vila Prudente. Os operários das fábricas se instalavam na região para ficar próximo ao serviço.

Com tanta facilitação para investir e acumular riquezas em São Paulo, começaram os famosos movimentos de migração e imigração, onde pessoas de outros estados, vinham para cá atrás de emprego. Ao longo do século XX, das colônias europeias, São Paulo recebeu principalmente espanhóis, portugueses e italianos, que hoje seus descendentes marcam de forma caricata os bairros onde se instalaram. Em meados do mesmo período, também houve a imigração japonesa. Recebendo tantas pessoas, a população que era de 600 mil no início de século passado, saltou para mais de 12 milhões de pessoas atualmente.

Em uma tentativa de controlar essa migração, São Paulo tem tentado deslocar as fábricas e armazéns para o interior do estado, encarecendo os impostos na capital. Mas, por conta dos programas sociais e ainda ser destaque para quem busca empreender, a cidade ainda recebe muitos imigrantes e refugiados da América do Sul, Central, Ásia, África e Oriente Médio. Hoje, São Paulo, se tornou tão grandiosa que se fosse um país seria o 36° mais rico do mundo, e é a cidade mais rica da América Latina, e umas das metrópoles mais povoadas, chegando a ter mais de 21,9 milhões de habitantes (2021). 

Também é a capital mundial do helicóptero, com um pouso de uma aeronave a cada 45 segundos, e é a segunda cidade que mais consome pizza no mundo, perdendo apenas para New York, nos EUA. Mas sejamos francos, nesse trânsito caótico, quem não ia querer cortar a cidade em 10 minutos em uma caroninha de helicóptero apreciando uma pizza que só essa italianada sabe fazer? Ah, eu não podia me esquecer, a pizza eleita a melhor do país também está na cidade, no bairro da Mooca. As colônias italo-brasileiras tem repertório para se gabar, hein? 

A cidade também possui a maior linha de metrôs do país - isso sem contar os trens (CPTM), são mais de 104 km de linhas e 80 estações que ajudam mais de 7 milhões de pessoas a circularem diariamente pela caótica SP. Está turistando pela cidade? Por favor, ande sempre à direita, deixando a esquerda livre. Na cidade tempo é dinheiro e as pessoas estão sempre com pressa. São Paulo, recebe esse nome de Terra da Garoa pela alta incidência de chuvas. Também é cortada por diversos rios, por isso, o documentário citado anteriormente recebe este nome, Entre Rios.

E pensar que há 100 anos atrás, a cidade que hoje é considerada o principal polo financeiro do país, não era nada. E que tudo começou há pouco mais de 400 anos em um colégio jesuíta no meio do mato.


22 de novembro de 2021

Lula e sua eterna vaidade



Achei a história fantástica, quem escreveu está de parabéns, por isso estou compilando. No final vou deixar o link da página onde encontrei. 

Liz Inaço !!! (Ótima!) Lula viajava pelo interior do Pernambuco e lá pelas tantas, no meio do poeirão, bateu aquela sede. Ele manda parar o carro na primeira casa do caminho para pedir um pouco de água. 

A dona do casebre grita para um menino que estava sentado na porta: - Liz Inaço! Corri aqui, chegui!!! Traiz a muringa e as caneca prus dotô pudê bebê água! Lula, vaidoso, vendo que a dona do casebre não o reconheceu, perguntou:

 - Cumpanhêra! Vi que a senhora chamou o garoto de Liz Ináço... Ele tem esse nome em homenagem a alguém? - Não, não, dotô! O nomi deli é Jair Messias, mas é que ele deu prá bebê, robá, minti e fazê tanta merda, que nóis pelidô ele anssim.

25 de janeiro de 2020

HISTÓRIA DA ERMIDA ANTONIO MARTINS


Arquivo pessoal
Antonio Martins passou um bom tempo sem vir a Araponga, Manuela entrou em desespero, ficou triste e desolada.

Situada no Parque Estadual Serra do Brigadeiro, a ermida de Antônio Martins foi construída em 1908, no alto da Serra do Brigadeiro, nas divisas dos Municípios de Araponga e Fervedouro. Hoje é ermida é referencial cultural da região, recebendo dezenas de visitantes por semana, turistas e romeiros. Sua história é marcada por uma triste tragédia, que com o tempo se converteu em fé e milagres.


Antonio Martins “caboclo” jovem, homem de bem, casado, residia no Distrito de São Vicente do Grama, município de Jequeri, vivia viajando com sua pequena tropa de burros, comerciando mercadorias pela região.


Araponga, (que à época se chamava São Miguel do Araponga) onde ele era muito bem quisto, visto que tinha muitos parentes e amigos, por ali passava com bastante frequência com suas tropas carregadas de mercadorias, e como sempre, necessitava pernoitar em todos os lugares que ia, pois seus animais chegavam exaustos.


Foi então que em uma dessas vindas a São Miguel do Araponga instalou-se na Fazenda do senhor Manoel Bittencourt Godinho, conhecido por seo Neco, que desde então passou a ser seu “rancho”.


Quando terminava de visitar as “vendas” do distrito ia com sua tropa de animais para fazenda do amigo, após tratar e soltar os animais, ia para a sede da fazenda onde ficava de conversa, esta rotina se repetiu por várias vezes, até se tornar íntimo de toda família.


Começou a ficar de conversa com Manuela Bittencourt, filha do seo Neco, e quando se deram conta estavam se gostando, nasce um romance proibido.


Assim começou a vir com mais frequência por esta região e procedia da mesma forma, todas as vezes que vinha, ficava de prosa, com o pessoal até altas horas e quando todos iam dormir, ficava a sós com Manuela. Não sabiam eles, que já levantavam suspeitas.


Num certo dia, quando chegou, Manuela apreensiva procurou-o o quanto antes, desesperada lhe dera a notícia de que estava grávida, e que já não conseguia mais esconder da família, pois já se passava alguns meses.


Antonio Martins se desesperou, ficou muito preocupado, era casado, ficou com muito medo da reação do seo Neco. Conversando com Manuela, planejou fugir juntos para Divino do Carangola, marcou uma data para voltar e buscá-la.


Assim ele fez, no dia combinado ele veio, já com dois animais prontos para a fuga, bateu na janela de Manuela, que já o espera ansiosa, que imediatamente, com as malas prontas pulou a janela montou no cavalo e fugiram. Seguiram pela estrada dos Estouros, a fim de transpor a Serra do Brigadeiro, pela trilha Matipozinho com destino a Divino do Carangola.


No quarto onde dormia Manuela também dormia uma criança, que ficava sob seus cuidados, como de costume esta criança acordou bem cedinho e sentindo a falta de Manuel, pôs-se a chorar, acordando toda a Família.


Que de pronto notou a janela aberta e a falta de alguns de seus pertences. Já imaginaram o pior. Revoltado o seo Neco saiu pelo terreiro da Fazenda e viu pegadas de animais debaixo da janela.


Como já desconfiavam, imediatamente mandou chamar o Cel. Rafael Jacovine, seu concunhado e amigo, homem de grande respeito e influencia, lhe contou o ocorrido, e de imediato o senhor Neco e Cel. Rafael Jacovine contrataram dois jagunços conhecidos por “Luiz da Izefa” e “Miguel do Félix”, para buscarem sua filha de volta e matar Antônio Martins.


Na manhã do dia 03 de fevereiro de 1908, saíram os dois jagunços, Ginuca (filho do seo Neco) e o Cel. Rafael Jacovine, seguindo os rastros dos animais, tarefa fácil, por ter chovido muito à noite e amanhecido com um tempo nebuloso.


A Ordem era trazer a filha de volta e pegar Antônio Martins, virar a Serra da Grama e matá-lo lá em outro município, assim fizeram e após duas horas da cavalgada, os dois estavam descansados fora da estrada, pois ela não tinha o costume de cavalgar, por isto pararam.


O tempo estava nebuloso, não notaram a aproximação dos quatro, que chegaram de forma mansa a cautelosa, conversando com Antonio Martins, diziam que não iam fazer nada contra ele, somente levar a moça de volta. Caindo na lábia, Antonio Martins foi surpreendido, os capangas o agarram e o amarram sobre o arreio de um dos animais.


Voltando com os dois rumo a Araponga, seguiam com ele mais a frente para proceder a judiação. De longe Manuela ouvia os gritos, e desesperada, suplicava para não mata-lo.


Chegando numa encruzilhada por onde se atalhava para a Serra da Grama, se separam. Ginuca mandou que os dois jagunços seguissem com Antônio Martins por aquele caminho e ele (Ginuca) o Cel. Rafael voltariam com Manuela para a Fazenda, marcando de reencontrar do outro lado da Serra, algumas horas depois.


Os jagunços seguiram com Antonio Martins por este caminho, volta e meia faziam paradas para espancar e torturar o infeliz, em certo momento, Antonio Martins com vontade de urinar, implorava para que parassem e o deixassem fazer suas necessidades, a covardia foi tanta que pararam e meteram a faca na sua bexiga, perfurando-a esparramando sangue e urina pelo corpo, e assim seguiu a torturando e mutilando seu corpo.


Ginuca e Cel. Rafael Jacovine, voltaram para casa, lá contaram o que havia acontecido durante a busca. Ginuca trocou de cavalo e seguiu viagem para encontrar com os jagunços, quando chegou ao local combinado os jagunços já estavam a sua espera, Antônio Martins já quase sem vida.


Assim seguiram viagem subindo a Serra da Grama virando para o outro lado da serra, lá chegando, Antonio Marins agoniava, pediu água, urinaram na sua boca. Para terminar o serviço, os jagunços dispararam dezenas de tiro de carabina, deixando o corpo mutilado estendido na beira da estrada.


Voltaram para Araponga e contaram ao seo Neco como tinham feito. Insatisfeito, mandou que Miguel do Félix voltasse lá e picasse o corpo colocasse em um saco e jogasse em um lugar qualquer e que também trouxesse uma de suas orelhas para ele como prova.


No dia seguinte, assim fez Miguel do Félix, foi para o Alto da Serra da Grama chegando perto do local onde havia deixado o corpo, começou a ouvir barulhos e vozes, então se afastou e se escondeu, assim que o barulho cessou ele voltou, mas quando tentava aproximar do corpo, novamente o barulho retornava.


Procedeu da mesma forma, escondeu e o barulho parou, então ele seguiu para próximo do corpo, e mais uma vez o mesmo barulho. Isto se repetiu por várias vezes, ele se aproximava o barulho começava, ele se afastava e o barulho sumia, ficou por horas tentando terminar o serviço e as “vozes” o impedia, mesmo corajoso, começou a ficar cismado e com um pouco de medo.


Foi até que desistiu da tarefa. Sabendo do acontecido, um pouco mais tarde, o senhor João dos Anjos Macedo e amigos foram buscar o corpo para receber um enterro digno.


O sofrimento em suas últimas horas de vida, a morte cruel fez com que o povo o tomasse por “santo”. Assim surge a ermida de Antônio Martins, construída com amor, sangue, fé, devoção e milagres. Todos os anos são celebradas missas pela alma de Antônio Martins


Texto: Rodinei Ribas

11 de agosto de 2017

A produção comercial do “besouro” de maior sucesso

Não tenho certeza, mas acredito que o fusca foi e continua sendo um dos carros mais popular do Brasil, o primeiro fusca foi fabricado há mais de 70 anos. E a maioria das pessoas nascidas nas décadas de 60/70, já possuiu um desses, em minhas mãos tive dois. Em 1951 o modelo chegou ao Brasil. O modelo começou a ser construído aqui em janeiro de 1959.

A produção da Volkswagen começou em 1945, no fim da Segunda Guerra Mundial, um dos modelos mais icônicos e carismáticos da história da indústria automobilística: o Volkswagen Fusca e atingiu 21 milhões de unidades.

Mas, isto é história. Achei este fusca na Avenida Plínio Pereira Neves, e não pude deixar de registrar. Ele é tão popular, quando você acha que não tem mais nenhuma utilidade aí está: serve como uma bela floreira. 

10 de julho de 2017

Ruínas de um passado


Fazenda Jambeiro, em Campinas, foi criada a partir da divisão de terras da "Sesmaria Sete Quedas" de José Rodriguez Ferraz do Amaral, que tinha vindo de Itu-SP, para trabalhar como coletor de impostos em Campinas, e após sua chegada comprou de um fidalgo português a concessão destas terras.

Criada por Thereza Miquelina Pompeu do Amaral (filha mais velha de José Rodrigues), após o falecimento desta em 1881, foi herdado por Antonio Pompeu de Camargo, que veio a falecer 3 anos mais tarde em 1884.

Posteriormente a fazenda foi adquirida por Herculano Pompeu de Camargo (filho mais novo de Antonio Pompeu de Camargo) que comprou a parte dos herdeiros em 1885, atingindo 90 mil pés de café.

Herculano dispensou seus escravos bem antes mesmo da libertação oficial dos mesmos e passou a utilizar mão de obra de colonos europeus que havia chegado ao Brasil.

Esse proprietário construiu a requintada casa-sede no ano de 1897, com um projeto de inspiração francesa feita pelo arquiteto campineiro Francisco de Paula Ramos de Azevedo que possuía requintes como iluminação de gás acetileno em seus cômodos, água corrente e rede de esgotos, linha telefônica, pintura em tromp l'oeil nos salões internos, revestimentos em azulejos franceses, pisos hidráulicos belgas e um riquíssimo lustre em seu salão principal.

Em 1914, essa fazenda pertencia a José de Queirós Aranha, e tinha uma área de 70 alqueires de terras e mais de 100 mil pés de café. Nos idos dos anos 20, Giuseppe Tiziani, adquiriu a Fazenda, permanecendo até os anos 40 como proprietário.

Em 1950 era do empresário americano John Edward Hoen, e passou para a produção de algodão. Este veio a falecer junto com o seu sócio brasileiro em um acidente de avião.

Em 1960, passou a ser propriedade de Maria de Lurdes da Silva Prado, que ao falecer ficou como herança para sua filha Maria Silvia da Silva Prado que não tinha interesse pela Fazenda Jambeiro e imediatamente colocou as terras para serem loteadas, e assim surgiu o loteamento conhecido como Parque Jambeiro.

Foi ela também que determinou a demolição do Casarão sede, porém após ter derrubado várias paredes e arrancados portas e janelas foi flagrada por fiscais que embargaram a demolição sob pena de multa.

A partir de então o Casarão passou para a administração da Prefeitura Municipal de Campinas, como acerto de pagamentos de impostos atrasados, e foi então que entrou em processo de degradação com a queda dos telhados, demolição parcial de outras paredes feitas pelos próprios funcionários da Prefeitura, hoje se encontra em estado de abandono total e sem verbas para a manutenção deste patrimônio histórico que a cada dia que passa vai s degradando e perdendo um marco da história.

Tombada pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas (Condepacc) com a finalidade da reforma do lendário casarão do atual Parque Jambeiro, destinando o espaço a um centro de cultura para a população. Álbum aqui!

(a) J Araújo


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