Criada por Thereza Miquelina Pompeu do Amaral (filha
mais velha de José Rodrigues), após o falecimento desta em 1881, foi herdado por
Antonio Pompeu de Camargo, que veio a falecer 3 anos mais tarde em 1884.
Posteriormente
a fazenda foi adquirida por Herculano Pompeu de Camargo (filho mais novo de
Antonio Pompeu de Camargo) que comprou a parte dos herdeiros em 1885, atingindo
90 mil pés de café.
Herculano
dispensou seus escravos bem antes mesmo da libertação oficial dos mesmos e
passou a utilizar mão de obra de colonos europeus que havia chegado ao Brasil.
Esse
proprietário construiu a requintada casa-sede no ano de 1897, com um projeto de
inspiração francesa feita pelo arquiteto campineiro Francisco de Paula Ramos de
Azevedo que possuía requintes como iluminação de gás acetileno em seus cômodos,
água corrente e rede de esgotos, linha telefônica, pintura em tromp l'oeil nos
salões internos, revestimentos em azulejos franceses, pisos hidráulicos belgas
e um riquíssimo lustre em seu salão principal.
Em
1914, essa fazenda pertencia a José de Queirós Aranha, e tinha uma área de 70
alqueires de terras e mais de 100 mil pés de café. Nos idos dos anos 20,
Giuseppe Tiziani, adquiriu a Fazenda, permanecendo até os anos 40 como
proprietário.
Em
1950 era do empresário americano John Edward Hoen, e passou para a produção de
algodão. Este veio a falecer junto com o seu sócio brasileiro em um acidente de
avião.
Em
1960, passou a ser propriedade de Maria de Lurdes da Silva Prado, que ao
falecer ficou como herança para sua filha Maria Silvia da Silva Prado que não
tinha interesse pela Fazenda Jambeiro e imediatamente colocou as terras para
serem loteadas, e assim surgiu o loteamento conhecido como Parque Jambeiro.
Foi
ela também que determinou a demolição do Casarão sede, porém após ter derrubado
várias paredes e arrancados portas e janelas foi flagrada por fiscais que
embargaram a demolição sob pena de multa.
A
partir de então o Casarão passou para a administração da Prefeitura Municipal
de Campinas, como acerto de pagamentos de impostos atrasados, e foi então que
entrou em processo de degradação com a queda dos telhados, demolição parcial de
outras paredes feitas pelos próprios funcionários da Prefeitura, hoje se
encontra em estado de abandono total e sem verbas para a manutenção deste
patrimônio histórico que a cada dia que passa vai s degradando e perdendo um marco da história.
Tombada
pelo Conselho Municipal de Defesa do Patrimônio Cultural de Campinas
(Condepacc) com a finalidade da reforma do lendário casarão do atual Parque
Jambeiro, destinando o espaço a um centro de cultura para a população. Álbum aqui!
(a) J Araújo
Ruína impressionante é pena que perdeu o seu glamor
ResponderExcluirabraço
Que pena, um edifício com algum passado histórico... e económico... visto isso, até teve algum impacto na economia local no passado, se encontrar ao abandono...
ResponderExcluirCertamente seria um aproveitamento excelente para um centro de cultura... talvez um dia o projecto vá avante!
Abraço! Boa semana!
Ana