Apesar dos protestos nas ruas, a maioria do povo brasileiro
continua acomodada, aceitando tudo sem reagir. Vivemos em uma sociedade
anestesiada, que não reage a nada, sempre alegando que as coisas erradas não lhe
dizem respeito.
Falta ao brasileiro aprender a dizer não. Dizer não ao
preconceito de qualquer espécie; dizer não aos corruptos e a velha República,
aos mentirosos, aos desonestos e, principalmente, dizer não a essa acomodação,
achando que cumprindo nossa missão, nada mais nos diz respeito.
Nestes últimos anos assistimos de tudo em nossa sociedade. Foi
um Frances que teve o rosto quebrado porque o confundira com um homossexual;
foi um homem sem piedade arrastando um cão; foi um prefeito sem que o crime
fosse investigado; foram dois prefeitos cassados sobre graves acusações; foi um
Ministro de Estado mentindo descaradamente e alegando falta de memória; foi uma
madame embriagada que depois de assassinar um jovem estava mais preocupada em
safar-se da cadeia do que com o sofrimento da família da vitima; foram anos em
que se aprovou uma Comissão da Verdade para apurar fatos de 50 anos atrás, sem
nenhuma preocupação em apurar os fatos que acontecem hoje.
Queremos escrever a história do Brasil, mas não queremos
saber o que está acontecendo agora.
Vivemos em um país em que a maior estatal brasileira é assaltada
por um partido político e a Justiça Eleitoral acha que não tem nada com isso. Na
semana passada, Pedro Barusco, que foi gerente da Petrobrás, disse que o PT
teria recebido US$ 200 milhões de propina retirada dos 90 maiores contratos da
estatal e João Vaccari Neto, tesoureiro do PT, teve participação no recebimento
desse suborno. Essa delação foi feito por um homem que se comprometeu a devolver US$ 67,5 milhões que estão depositados
fora do País e somente esse fato é suficiente para dar credibilidade às
acusações.
Por muito menos, aqui na região prefeitos estão sendo
cassados por crime eleitoral, mas o MP eleitoral está inerte com relação aos
crimes eleitorais cometidos entre 2003 e 2013. Sociedade hipócrita e irresponsável,
que não percebe as consequências de sua passividade.
Diz o poeta: “Na primeira eles entra em nosso jardim, roubam
nossas flores e não dizemos nada. Na segunda noite, já não se escondem; entram
e pisam nosso jardim, mata nosso cão e não dizemos nada. Até que um dia, o mais
frágil deles, entra em nossa casa e vendo nosso medo, rouba-nos a voz da
garganta e a luz de nossos olhos e, porque não dissemos nada, já não podemos
dizer mais nada”.
Devemos aprender a dizer não e difundir esse pensamento para
que muitas pessoas passem a agir assim. Em pouco tempo teremos uma corrente ética
sem precedentes e podemos mudar esse Brasil.
*Manuel Carlos Cardoso é advogado
e professor (cardoso@rac.com.br)
Correio Popular, 11 de fevereiro de 2015
Dizer NÃO, nos indignar e AGIR é preciso! abração,chica
ResponderExcluirAh meu amigo vc tem razão se pudêssemos
ResponderExcluirsair pelas ruas e exigir o que queremos não
teria tantos erros, vc falou bem, o povo se acomoda de boa
vejo aqui na minha cidade o prefeito está acabando com tudo
e tem meia duzia que grita,, o resto só fala
Mas valeu um bom tema pra descutir
Bom feriado bom carnaval
Bjusss
└──●► *Rita!!
"O que me preocupa não é o grito dos maus. É o silêncio dos bons"
ResponderExcluirMartin Luther King.
Araujo, beijo!
Querido amigo
ResponderExcluirAlém de recolher a inspiração
deste maravilhoso espaço
de sentimentos e amizade,
aproveito a visita para convidá-la
a partilhar a alegria,
de ouvir um poema de minha autoria
musicado em Minas Gerais.
O mesmo se encontra no meu blog
www.sonhosdeumprofessor.blogspot.com.br
e para mim,
ter este poema
escutado por pessoas
que fazem do mundo virtual,
um mundo melhor,
será um tributo a felicidade.