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Fábio Mesquita, imagem/arquivo pessoal |
Hoje fui ver de perto uma carreta com uma carga indivisível que está parada no km 940 da BR 381, Rodovia Fernão Dias, no Restaurante 'O Bistecão' em Extrema, MG. É uma coisa 'monstruosa' que saiu do porto de Santos no dia 10 de setembro, isto é, há um mês. Esse material veio da China, seu destino, segundo apurei é o estado de Goiás, para uma fábrica de cimento da Votorantim. Diante da curiosidade de muitos, porque é uma carga que chama a atenção por onde ela passa pelo seu tamanho.
A logística envolvida é muito grande e envolve dezenas de pessoas direta e indiretamente. Diante disso fui conversar com as pessoas envolvidas e, falei com o motorista Fábio Mesquita, que se dispôs a dar algumas informações a respeito da logística complexa e como é feito o planejamento para esse tipo de transporte.
SM: Fábio, é um dos motoristas dessa carga, chamada de carga indivisível, Fábio fala um pouco para mim de onde vem e para onde está indo e fala também de algumas curiosidades que as pessoas as vezes mostra muito, mas não pergunta?
Fábio: É uma carga que veio dos Estados Unidos, chegou pelo Porto de Santos, e vai para Goiás; as concessionárias das rodovias analisam como é que está o trânsito para evitar acidente, porque é uma carga lenta, então é feito tudo com muita responsabilidade para manter a nossa segurança, e a segurança dos usuários da pista.
SM: Com certeza! Fábio, agora uma curiosidade. Vocês que trabalham com esse tipo de carga, claro, tem um planejamento, e ter um planejamento para dia de chegada, mas vocês devem ficar muito tempo longe da família, como você não sabe a hora de partir, depende do clima, e outros fatores, o planejamento fica prejudicado?
Fábio, planejamento a gente até tem, mas uma carga desse tamanho a gente não pode dizer vamos chegar daqui um mês, dois meses, então eu já disse, no começo depende do tempo, depende do equipamento, mas esse equipamento é todo revisado.
Você tem que ir devagarinho sempre, segurar, o pneu estoura tem que encostar, isolar o eixo e levantar, para não cortar os outros, aí a gente faz essa troca, então o importante é a gente chegar em segurança, mas a gente não pode dizer que vai chegar daqui a dois meses, três meses, a gente vai chegar, existe um planejamento, mas não depende só desse planejamento que a gente fez. Em primeiro Deus e a segurança.
SM: Vocês começaram essa jornada, estão aqui no km 940 da BR 381, Fernão Dias. Quanto tempo vocês já estão na estrada? Segundo eu apurei são 30 dias, já aconteceu muita coisa, teve quebra?
Fábio. Teve alguma coisa sim, mas a empresa tem toda uma equipe preparada, tem um 'monte' de operador. A Cruz de Malta, ela tem mais de 50 anos de experiência. Então ela já tem, já sabe como lidar com todas as situações, é uma empresa de longa experiência no ramo de transporte de cargas indivisíveis.
SM: ela só trabalha com esse tipo de logística de cargas especiais ou trabalha também com outro tipo de transporte?
Fabio, também trabalhamos com prancha, não trabalhamos com graneleiro, caçamba, mas somos especialista nesse tipo de transporte de cargas especiais.
SM: Você pode responder, porque tem as pessoas diretas e indiretas na logística. Sabemos que tem a parte da rodovia, tem a Polícia Rodoviária, acompanhando, quantas pessoas estão envolvidas nessa logística, você sabe nos dizer?
Fábio. Somos aqui em 10 pessoas,10 pessoas, entre motoristas, e batedores. (Os batedores são aqueles veículos que controla a passagem ou não de outros veículos durante o trajeto) geralmente são veículos diferenciados dos demais. Obrigado pelas informações e uma boa viagem para toda a equipe. Ah! A previsão de chegada em Goiás é janeiro de 2026, se tudo correr bem.
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