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18 de novembro de 2016

>A arte... de julgar os outros


Eram dois vizinhos. Um deles comprou um coelho para os filhos. Os filhos do outro vizinho também quiseram um animal de estimação. E os pais desta família compraram um filhote de pastor alemão.

Então começa uma conversa entre os dois vizinhos:
- Ele vai comer o meu coelho!
- De jeito nenhum. O meu pastor é filhote. Vão crescer juntos e 'pegar' amizade!

E, parece que o dono do cão tinha razão. Juntos cresceram e se tornaram amigos. Era normal ver o coelho no quintal do cachorro e vice-versa. As crianças, felizes com os dois animais.



Eis que o dono do coelho foi viajar no fim de semana com a família. E não levaram o coelho. No domingo, à tarde, o dono do cachorro e a família tomavam um lanche tranquilamente, quando, de repente, entra o pastor alemão com o coelho entre os dentes, imundo, sujo de terra e morto. O cão levou uma tremenda surra! Quase mataram o cachorro de tanto agredi-lo.
Dizia o homem:
Dizia o homem:
- O vizinho estava certo. Só podia dar nisso!

Mais algumas horas e os vizinhos iam chegar. E agora?!
Todos se olhavam. O cachorro, coitado, chorando lá fora, lambendo os seus ferimentos.

- Já pensaram como vão ficar as crianças?
Não se sabe exatamente quem teve a ideia, mas parecia infalível:


- Vamos lavar o coelho, deixá-lo limpinho, depois a gente seca com o secador e o colocamos na sua casinha. E assim fizeram. Até perfume colocaram no animalzinho. Ficou lindo. Parecia vivo, diziam as crianças.


Logo depois ouvem os vizinhos chegarem. Notam os gritos das crianças.


- Descobriram!

Não passaram cinco minutos e o dono do coelho veio bater à porta, assustado. Parecia que tinha visto um fantasma.
- O que foi?! Que cara é essa?
- O coelho, o coelho...
- O que tem o coelho?
- Morreu!
- Morreu? Ainda hoje à tarde parecia tão bem.
- Morreu na sexta-feira!
- Na sexta?!
- Foi. Antes de viajarmos, as crianças o enterraram no fundo do quintal e agora ele reapareceu!

A história termina aqui. O que aconteceu depois fica para a imaginação de cada um de nós. Mas o grande personagem desta história, sem dúvida alguma, é o cachorro. 

Imagine o coitado, desde sexta-feira procurando em vão pelo seu amigo de infância. Depois de muito farejar, descobre seu amigo coelho morto e enterrado. 

O que faz ele? Provavelmente com o coração partido, desenterra o amigo e vai mostrar para seus donos, imaginando que o fizessem ressuscitar.

E o ser humano continua julgando os outros...

A outra lição que podemos tirar desta história é que o homem tem a tendência de julgar os fatos sem antes verificar o que de fato aconteceu.

Quantas vezes tiramos conclusões erradas das situações e nos achamos donos da verdade?

A vida tem quatro sentidos: amar, sofrer, lutar e vencer.


Então: AME muito, SOFRA pouco, LUTE bastante e VENÇA sempre!



5 comentários:

  1. Olá, Araújo!
    Como você deve saber, sou cachorreira... assim, a primeira que chamou minha atenção foi a besteira dos humanos feita ao cachorro...
    Logo em seguida pensei nas injustiças que podemos fazer a terceiros humanos.
    Excelente texto para refletirmos.

    Abração
    Jan

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  2. Que legal! Gostei de ler!

    Aproveito pra deixar um abraçoo, no dia em que encerro o ano nos meus blogs,( vamos ter a visita do filho lá de longe e tenho muito a fazer e organizar!) desejando tudo de bom! Boas festas e até janeiro! Obrigadão pela companhia nesse ano!  chica

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  3. Meu amigo J Araújo, sou sensível e sofri ao ler pensando na dor do cachorro, além de sofrer a perda do amigo coelho ainda apanhou por cima!
    A lição é mesmo essa, muitas vezes sofremos em vão, imaginamos coisas, julgamos, até cometemos erros terríveis que nem sempre são possíveis de correções!
    Acho que o arrependimento é uma dor sem fim, nunca sofri uma dor de arrependimento, pois prefiro sofrer do que fazer sofrer, até prefiro passar por boba para não ter de cometer injustiças e isso me dá uma leveza, uma sensação de paz incrível,ah, longe de ser santa, claro que não, mas não gosto dessa sensação ruim de "remorsos", rsrs, sou pisciana incorrigível, com todas as sensibilidades do meu signo, acredito nisso, pois uso para me colocar no mundo e sempre dá certo!
    Abraços apertados!

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  4. Olá Araújo, estou fazendo o contrário, SOFRENDO muito, LUTANDO bastante, derrotada e mais nada. Mas o seu texto como sempre tem conteúdo para reflexão, para pessoas normais isso é bastante edificante, mas eu já sai do sensato e edificador, faz é muito tempo. A vida se incumbiu de me destruir ainda viva. É pena, porque o que penso ultimamente e peço diariamente na hora de dormir é que Deus tenha misericórdia e não me deixe acordar mais nesse mundo miserável. Bom final de semana.

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  5. Quantas vezes um julgamento precipitado, deita tudo a perder!...
    Uma história tocante, que ilustra de uma forma incrível isso mesmo, e nos faz reflectir profundamente!
    Adorei o post! Como sempre uma partilha incrível, e muito pertinente!
    Um grande abraço! Continuação de uma boa semana!
    Ana

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