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20 de maio de 2016

>Queria ter um jornal


Queria mesmo é ter um jornal, como não tenho, contento com meu blog, onde sou superintendente, redator chefe, revisor de textos, repórter e na maioria das vezes fotógrafo. Quantas vezes saí em campo fazer fotos para ilustrar os textos. Não pretendo ser terapeuta, mas alguém chegou a dizer uma vez que meu blog serviu como terapia. Se serviu ou não isso não vem ao caso.

Tento agradar o maior número de pessoas possível e, quando vêm os elogios isso me dá força para continuar aprimorando cada vez mais o ‘trabalho’ como blogueiro;  faço blog como hobby, não tenho lucro de um centavo sequer com ele, então posso dizer que críticas ou elogios aqui não é para agradar ninguém.  Escrevo porque gosto. Considero-me um 
caipira acima da média nacional, não me formei em nenhuma faculdade. Na verdade sou formado pela vida, não que eu tenha fugido da escola, muito pelo contrário, fiz um esforço danado, caminhava nove quilômetros para chegar a uma escola rural. Não tenho título de doutor; nosso Presidente da República também não tinha; nem por isso serei menos importante. Até agora, na verdade, não fiquei sabendo se ele concluiu o colegial.
Pode ter certeza! Estarei tentando de todas as maneiras levar as notícias de forma diferenciada, palpitando e dando minha opinião. Saí do campo para correr atrás de novos conhecimentos, aprendi muito, a cidade me ensinou que o que ficou lá na roça era o paraíso em vista do que vivemos na cidade. Na verdade, a selva estava aqui. A diferença é que é de pedra, de concreto. O caipira fica chateado mesmo fazendo comentários sem sentido. Não obtendo resposta ele cala. Acredito que a busca é constantes em nossas vidas, tanto o caipira quanto os urbanos querem a mesma coisa. 
Pode faltar tudo para o verdadeiro homem do campo, mas não lhe faltará ânimo para buscar conhecimentos, muitas vezes simples, porém honestos. Gosta também de se relacionar com o homem da cidade que assusta e encanta ao mesmo tempo. Como já disse, e repito, sou e serei sempre um camponês vivendo nesse ‘desconhecido’ mundo urbano. 
É esse modo muito particular de ver as coisas, com um olhar,  sem maldade que o bom homem do campo fica restrito a um pequeno número de admiradores. Existem pessoas que se omite em dar suas opiniões por medo de perder alguns privilégios, acho covardia. Acredito que todos têm de palpitar sim. Quanta hipocrisia. Nunca deixei de dar minha opinião, principalmente se for solicitado a opinar, mas existem pessoas que calam; colocam o rabo entre as pernas como cachorros medrosos e sabe apenas dizer que não pode comentar porque pertence a um determinado seguimento. Isso não me convence. É exatamente o contrário, se a pessoa ocupa alguma posição privilegiada na sociedade seria a pessoa ideal, até porque, são pessoas formadoras de opinião. Pare um pouco para refletir sobre o assunto.

 Meu amigo (a) passe a desconfiar de palavras bonitas e afagos, muitas vezes, por trás deles pode se esconder outros interesses inconfessáveis. Desculpe pela sinceridade, pessoas que agem assim, não querem na verdade é se comprometer. É mais cômodo para elas, dizer que não podem comentar os assuntos que envolvem determinados setores porque ocupa um determinado cargo em determinado lugar. Grande coisa! Todos têm o direito de dar opiniões, desde que não seja ofensiva à moral das pessoas e, respeitando as diferenças. Dessa maneira estamos contribuindo para melhorar as relações humanas. Vivemos em uma “quase” democracia, dependo do poder público, pago meus impostos, exijo que sejam bem aplicados. Se não! Nem por isso devo fechar os olhos para as mazelas estaduais, municipais e por tabela as mazelas do país. Quando eu disse quase democracia é por que; esse país será uma democracia completa quando: 
  • Não formos obrigados a votar; 
  • Quando as leis forem iguais para todos
  • Quando pobres e ricos tiverem os mesmos direitos. 
  • Quando o RG valer tanto quanto o CPF;
  • Quando acabar com a frase "... sabe com quem está falando?”.
(a)     J Araújo 

4 comentários:

  1. Caro amigo

    São tantas as verdades
    presentes neste texto,
    que se torna desnecessário
    acrescentar outras.
    Apenas digo então,
    que faço minhas as suas palavras
    e comungo das suas verdades...

    Que os sonhos te acompanhem sempre...

    ResponderExcluir
  2. Quando se tem medo de dar opinião em democracia... o que fará então, em tempo de regime?...
    Por aqui... a abstenção está tomando valores incomportáveis, na hora da votação... próximo de 50% dos portugueses...por haver tanta gente desencantada com a política... mas se nos abstemos de intervir, votando... pior ficará ainda a democracia... de qualquer país... só por essa razão... eu até achava, que votar... para além de um dever... devia ser mesmo uma obrigação... reconhecendo o esforço de todos os que lutaram por uma democracia... ainda que possa estar representada por muita gente corrupta... mas quanto menos interviermos... ainda pior será, a sua representação...
    Um grande abraço! Um óptimo fim de semana, para si e todos os seus, J. Araujo!
    Ana

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  3. Boa tarde Araujo
    Se vivemos numa quase democracia o que concordo substancialmente com você então porque se calar? Vários modos de pensar nos engrandecem e enriquecem e é através de opiniões divergentes é que vem o aprendizado e a oportunidade de desconstruirmos os velhos paradigmas e nossas impolutas verdades. São as divergências que nos levam à reflexão e se for contundente a proposição nos propicia uma mudança. O ser humano cresce na convivência com os diferentes, a equidade propicia uma vida monótona, sem atrativo. E uma argumentação diferenciada e fundamentada porém pautada no respeito é um contributo de grande valor.
    Uma linda nova semana
    Um carinhoso abraço

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  4. Belo depoimento amigo, eu que tambem venho do mato, entendo bem o que fala.
    O direito de expressar é nosso e temos que fazer valer.
    Meu pai dizia que das melhores escolas os melhores burros.
    Tinha ele razão no que dizia.

    Prosseguir é nossa missão, espalhando palavras belas, feias, boas ruins, tudo será uma questão de vista.
    Um abração.

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