Terceira morte por metanol foi confirmada pela Polícia de São Paulo
Autoridades pedem atenção redobrada ao consumo de bebidas alcoólicas em SP; Ministério da Justiça e Segurança Pública definiu a situação como um risco de surto epidêmico.
A Polícia Civil confirmou a terceira morte por ingestão de bebida alcoólica adulterada com metanol em São Paulo. A vítima, um homem de 45 anos, faleceu nesse domingo (28) em São Bernardo do Campo, na região metropolitana.
Esse não foi o primeiro caso recente. No último dia 18, outro homem, de 48 anos, também morreu após consumir bebida com metanol no mesmo município. Dias antes, em 15 de setembro, um homem de 54 anos havia falecido na capital paulista com o mesmo diagnóstico.
A contaminação levantou suspeita de envolvimento da facção criminosa PCC (Primeiro Comando da Capital), responsável por esquema bilionário de fraudes no setor de combustíveis.
Casos de Metanol em investigação
A SMS (Secretaria Municipal de Saúde) da capital monitora 13 casos suspeitos de intoxicação, dos quais cinco seguem em apuração, três permanecem internados e cinco pacientes já receberam alta.
Já o CVS (Centro de Vigilância Sanitária), ligado ao governo estadual, confirmou seis casos e investiga outros dez em todo o estado.
Segundo o CVS, é fundamental que bares, restaurantes e consumidores fiquem atentos à procedência das bebidas. O órgão recomenda adquirir apenas produtos de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre e selo fiscal.
“A recomendação é que bares, empresas e demais estabelecimentos redobrem a atenção quanto à procedência dos produtos oferecidos, e que a população adquira apenas bebidas de fabricantes legalizados, com rótulo, lacre de segurança e selo fiscal, evitando opções de origem duvidosa e prevenindo casos de intoxicação que podem colocar a vida em risco”, disse o CVS, em nota.
Alerta para risco de surto
O Ministério da Justiça e Segurança Pública definiu a situação como um risco de surto epidêmico de metanol. A Secretaria Nacional de Políticas sobre Drogas (Senad) destacou que, diferente de outras contaminações registradas em pessoas em situação de rua, agora os casos ocorrem em ambientes sociais de consumo de álcool, aumentando a gravidade do cenário.
“A ingestão acidental ou intencional de metanol leva a intoxicações graves e potencialmente fatais. O cenário de adulteração é particularmente relevante do ponto de vista de saúde pública, pois episódios dessa natureza frequentemente resultam em surtos epidêmicos com múltiplos casos graves e elevada taxa de letalidade, afetando grupos populacionais vulneráveis e exigindo resposta rápida das autoridades sanitárias.
Nesse sentido, requer alerta à população, considerando, inclusive, o início do fim de semana, quando há maior frequência a bares e consumo de bebidas alcóolicas”, diz nota da Secretaria, ligada ao Ministério da Justiça e Segurança Pública.
Fonte: Ndmais
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